v. 13 n. 2 (2022): Jul - Dez 2022: Revista Cadernos do Tempo Presente

O lavrador de café (1934), de Candido Portinari

Eis mais uma edição da Cadernos do Tempo Presente, a última de 2022. Neste número, apresentamos artigos e resenhas que ajudarão as mais diversas pesquisas na área da história. A primeira contribuição é de Andreza Maynard e Dilton Maynard, que nos proporcionam debates sobre História e Cinema e História e Imprensa. Assim, através do estudo sobre a revista A Cena Muda, os autores analisam como, entre os anos 1921 e 1955, esse periódico se articulou ao mundo do cinema e ao mercado editorial. Em seguida, ainda no campo da História e Cinema, Luciana Renata Santana Diniz e Hamilcar Silveira Dantas Junior buscam estabelecer relações entre as declarações misóginas do ex-presidente Jair Bolsonaro e o cinema nacional por meio do estudo da película República dos Assassinos (1979).

Dando continuidade, em um estudo sobre História e Música, Igor Lemos Moreira, analisa o primeiro álbum solo da cantora e compositora cubana Camila Cabello, artística do movimento pop. O autor tenta observar como esse objeto de estudo está ligado à construção de narrativas e biografias.

No quarto artigo, Cláudia Cristina da Silva Fontineles e Carlos Alberto de Melo Silva Mota nos proporcionam, também a partir da análise de periódicos, um estudo de História Política. Os autores investigam como os jornais da cidade de Teresinha-PI da década de 1970 foram utilizados pelos militares para difundir seus discursos para tentar legitimar a ditadura e seu projeto político. Por fim, Sara Oliveira Farias também analisa a difusão de discursos. Seu objeto de estudo é o Movimento de Educação de Base (MEB), dando destaque a sua prática sindical rural na Bahia ao analisar os relatos orais e a produção de memória, além dos materiais didáticos produzidos pelo movimento. Dessa forma, a autora faz um estudo sobre a luta pelos direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras rurais.

Encerrando a edição, temos a contribuição de duas resenhas. A primeira, de Michele Morgane de Melo Mattos, sobre o livro Governo Bolsonaro: neofascismo e autocracia burguesa no Brasil (2020), de autoria de Marcelo Badaró de Mattos. A segunda, de Luiz Alberto Ribeiro Rodrigues sobre a obra Andar às voltas com o belo é andar às voltas com Deus. A relação de Dom Helder com as artes (2018), organizada pelo professor Newton Darwin de Andrade Cabral e pela professora Lucy Pina Neta.

Desejamos a todos e todas uma boa leitura e um ótimo 2023.

As (os) Editoras (es).

Publicado: 2023-01-16

Artigos

  • A Cena Muda, Eu sei tudo: história e cinema em revista

    Andreza S. C. Maynard, Dilton C. S. Maynard
    03-19
    DOI: https://doi.org/10.33662/ctp.v13i2.18592
  • Masculinidade personalista em “República dos assassinos”: o passado presente na era Bolsonaro

    Luciana Renata Santana Diniz, Hamilcar Silveira Dantas Junior
    20-35
    DOI: https://doi.org/10.33662/ctp.v13i2.18593
  • O álbum como narrativa: tensões biográficas e representações no primeiro disco de Camila Cabello

    Igor Lemos Moreira
    50-64
    DOI: https://doi.org/10.33662/ctp.v13i2.18598
  • Palavra de ordem: a pauta política nos jornais de Teresina (1971-1975)

    Cláudia Cristina da Silva Fontineles, Carlos Alberto de Melo Silva Mota
    65-78
    DOI: https://doi.org/10.33662/ctp.v13i2.18599
  • Quando a vontade é luta: Movimento de Educação de Base no Brasil Contemporâneo

    Sara Oliveira Farias
    79-89
    DOI: https://doi.org/10.33662/ctp.v13i2.18600

Resenhas

  • Afinal, a que corresponde o Governo Bolsonaro?

    Michele Morgane de Melo Mattos
    90-94
    DOI: https://doi.org/10.33662/ctp.v13i2.18601
  • Arte, Política e Fé em Dom Helder Câmara

    Luiz Alberto Ribeiro Rodrigues
    95-98
    DOI: https://doi.org/10.33662/ctp.v13i2.18602