2. Entre o Mar e o Amor... Guerra e Romance no Brasil Contemporâneo
DOI:
https://doi.org/10.33662/ctp.v0i04.2718Abstract
Entre a primeira e a segunda guerras mundais, romancistas, cronistas, ensaístas, sociólogos e jornalistas manifestavam-se e posicionavam-se em torno das contendas políticas internacionais. Na medida em que um novo conflito mundial tornava-se iminente, o descompasso entre a política externa do governo de Getúlio Vargas e o ambiente doméstico autoritário tornaram-se tema de muitos artigos e manifestos destes intelectuais. E, entre as tensões da autonomia criativa e o comprometimento político, intelectuais acabaram por introduzir a cultura como elemento que articulou o papel social que estabeleceram para si mesmos e seu papel de grupo no espaço público. Assim, a proposta aqui é, através das trajetórias de Jorge Amado, Graciliano Ramos, Raquel de Queiroz, José Lins do Rego e Aníbal Machado e o romance que criaram coletivamente (Brandão entre o mar e o amor, 1941-1942), mostrar como as relações entre a opção político-partidária do escritor, sua obra e o contexto político revelam-se, amiúde, de forma sutil.
Palavras-chave: Política, Nacionalismo, Literatura.