No. 07 (2012): Cadernos Qualis B2! - ISSN:2179-2143
Cadernos do Tempo Presente
Revista Interdisciplinar de História
Grupo de Estudos do Tempo Presente - UFS
Edição nº 07, abril de 2012
Durante os preparativos desta sétima edição, os Cadernos do Tempo Presente conquistaram uma importante qualificação: a pontuação QUALIS B2 em avaliação feita pela CAPES, no início de 2012. O reconhecimento nacional do nosso periódico é uma recompensa aos esforços de toda a equipe ao longo de quase um ano de meio de trabalho, em que o intuito maior sempre foi contribuir com os estudos e debates relativos a acontecimentos relevantes dos séculos XX e XXI, especialmente fenômenos como os neofascismos, as relações cinema-história, a cibercultura e ditaduras.
A partir de uma abordagem interdisciplinar, nos apresentamos como um espaço para divulgar, além das pesquisas do Grupo de Estudos do Tempo Presente (GET), as contribuições de outros pesquisadores. E temos recebido o apoio de colegas das diferentes áreas do conhecimento. Nessa perspectiva, esta edição de março reforça a perspectiva interdisciplinar da publicação, ao trazer estudiosos oriundos de diferentes campos, mas cujos interesses convergem para os problemas do mundo contemporâneo. Um destes problemas, é indubitavelmente os dilemas da política externa e da estratégia militar dos EUA nos governos de George W. Bush, analisada no artigo do professor Sidnei Munhoz (UEM/UFRJ). De importância semelhante são as migrações e seus fluxos no Mercosul, temática abordada por Laura Bogado (UNILAPLATA, Argentina).
Mantendo uma tendência entre os textos publicados pelos Cadernos, outros artigos desta publicação enfocam fenômenos relacionados à emergência e popularização da internet. Nesse caminho seguem a proposta de categorização das crises de comunicação social corporativas nas mídias sociais, do professor Ashwin Malshe (ESSEC Business School, Paris/Singapure), e a reflexão sobre a produção, circulação e consumo de um estilo de música e dança como o cada vez mais popular “kuduro”a partir da internet, do professor Frank Marcon(NPGCS/UFS).
Outra contribuição vinda das Ciências Sociais é a análise da condição de invisibilidade social da mulher alagoana na primeira República, realizada a partir do estudo de jornais do início do século XX feita por Ulisses Rafael (NPGCS/UFS). Também caminhando pelas trilhas da literatura, Iza Quelhas (UERJ) toma as crônicas de João do Rio (1881-1921) no livro A alma encantadora das ruas, para refletir sobre os cenários e personagens que reforçam os processos de exclusão e favelização do Rio de Janeiro nos primeiros anosdo século XX.
Como última parte, as resenhas publicadas apreciam obras diversas nos campos da literatura e do cinema. Em Punaré e Baraúna na terra do sol, Deni Ireneu Alfaro Rubbo (PPGS/USP) se debruça sobre o mais novo livro do historiador Luiz Bernardo Pericás, o romance Cansaço, baseado em estórias de encontros e desencontros no sertão brasileiro. Pericás, premiado com menção honrosa no Casa de Las Americas por sua obra “Os Cangaceiros” - já resenha pelos cadernos -, oferece agora ao público uma outra faceta do seu repertório de escritor.
Em Ciberativismo planetário, Carole Ferreira da Cruz (GET/PPGCOM/UFS) usa o livro-reportagem “Wikileaks”, escrito para narrar a parceria entre oportal da internet, capitaneado por Julian Assange, e a imprensa internacional, no episódio em torno do maior vazamento da história, para falar das novas formas de ativismo no mundo digital. Por sua vez, Edson Perosa Júnior (PPGHC-UFRJ) se debruça sobre o livro Relações Brasil-Estados Unidos: séculos XX e XXI, apontando para as perspectivas desse novo século e para o cenário de parceria comercial crescente entre os dois países. Na resenha Recuperando a magia do cinema, Andreza S. C. Maynard (UNESP/ GET/UFS) analisa A Invenção de Hugo Cabret, a premiada produção do diretor Martin Scorsese ambientada nos anos 1930, adaptação do livro homônimo de Brian Selznic.
Por fim, toda a equipe editorial está muito contente com o reconhecimento da publicação. E por saber que isso não teria qualquer possibilidade sem nossos colaboradores, gostaria de agradecer a todos os membros do conselho consultivo e a todos aqueles que nos enviam textos ou nos recomendam. Como os textos desta edição, são amigos de diferentes campos, não só da História, é verdade. Mas convergem conosco no interesse de pensar as recentes aventuras humanas sob a terra. Boa leitura!
Os Editores