No. 10 (2012): “Navegando em águas profundas” – uma viagem através da 10ª edição - ISSN 2179-2143
Cadernos do Tempo Presente
Revista Interdisciplinar de História
Grupo de Estudos do Tempo Presente - UFS
Edição nº 10, dezembro de 2010
Lamentavelmente cenas como a foto de capa desta edição tem sido cada vez mais freqüentes no Tempo Presente. O que levaria um jovem de 16 anos a invadir uma escola e atirar em 20 crianças e 6 adultos? Um mistério ainda não revelado. Um motivo injustificado. 2012 certamente caminha para um desfecho mais sombrio com este deplorável acontecimento.
Apesar disso, este ano trouxe realizações em muitos sentidos. Para os Cadernos do Tempo Presente (CTP) significou importantes conquistas. Já no início, em janeiro, este periódico foi qualificado pela CAPES com a pontuação Qualis B2. E agora, finda 2012 indexado na Plataforma Latindex e parceiro da revista científica italiana Diacronie Studi di Storia Contemporanea (ISSN 2038-0955, http://www.studistorici.com), visando trocas historiográficas entre pesquisadores do Brasil e da Europa. Nossa publicação ganha, assim, um reforço acadêmico considerável.
Com isso, os Cadernos do Tempo Presente decidiu fechar 2012 presenteando os leitores com sua 10ª edição. Os olhares curiosos estão convidados a percorrerem as páginas eletrônicas desta revista e à apreciação dos vários temas nela contemplados. Nesta viagem, o navegador encontrará inicialmente o texto da professora Giselda Brito Silva (UFRPE), no qual a autora analisa o texto histórico chamando atenção para sua leitura, compreensão e interpretação.
Em seguida, o trabalho da professora Christina Ramalho (UFS) sobre a cultura cabo-verdiana traz relevantes discussões sobre a mestiçagem, a morabeza e a diáspora. Questiona a condição colonial e a pós-colonial, o processo de independência do país e a importância das mulheres nesta sociedade. Saindo da África em direção a Portugal, o artigo de Felipe Azevedo Cazetta (UFF) investiga a trajetória de alguns dos responsáveis pela consolidação do Integralismo Lusitano, observando seus posicionamentos políticos relacionados ao país.
Voltando para o Brasil, Andreza Maynard (UNESP) examina aspectos do cotidiano de Aracaju, especialmente dificuldades enfrentadas durante a Segunda Guerra Mundial, a partir do jornal Correio de Aracaju, que circulava diariamente na capital sergipana, registrando informações valiosas sobre a cidade.
Esta viagem não para por aqui. Visitando a Argentina, a pesquisa de María Guillermina D´Onofrio (UNLP-UNTREF) discute o papel da ALADI como mecanismo de integração comercial com objetivo de aliviar os efeitos da crise econômica, e como um espaço para o diálogo político entre seus países membros.
O último artigo, mas nem por isso a última parada dessa jornada, de Flávio Henrique Calheiros Casimiro (IFSULDEMINAS), debate sobre o processo de construção do projeto hegemônico neoliberal no Brasil através da atuação dos “intelectuais orgânicos” do Instituto Liberal, tendo como foco o estudo das classes dominantes brasileiras.
Num rápido piscar de olhos, o leitor conclui sua viagem visitando as resenhas. Karla Karine J. Silva apresenta as reflexões da professora Margarida M. D. de Oliveira sobre o ensino de história como objeto da pesquisa histórica em: O direito ao passado – uma discussão necessária à formação do profissional de História (2011). E Luyse Moraes Moura, discorrendo sobre o livro Novos Domínios da História (2012), organizado por Ciro Flamarion Cardoso e Ronaldo Vainfas, lança luz sobre as novidades contidas nesta nova edição da obra, publicada inicialmente em 1997.
Ao navegar por esta 10ª edição dos CTP, percorrendo sua geografia, visualizando suas informações, os editores desejam que os leitores divirtam-se mergulhando nas profundas águas dos diversificados textos apresentados.
Boa leitura!
Os Editores