Núm. 20 (2015): Um Mundo em Crise! - ISSN: 2179-2143
Cadernos do Tempo Presente
Revista Interdisciplinar de História
Grupo de Estudos do Tempo Presente - UFS
Edição n.º 20, julho de 2015
Imigração, guerras, baixa na economia, extremismos políticos. Estes são apenas alguns fatores que têm provocado abalos “sísmicos” na superfície do sistema mundial atualmente. Em sintonia com estes acontecimentos, o 20º número dos Cadernos do Tempo Presente presenteia seus leitores com textos que em sua maioria, apresentam discussões significativas sobre estas temáticas e fazem um diálogo com tensões políticas do século XX.
Em, Extremismo, Nacionalismo e Conservadorismo político: um estudo sobre o tempo presente na Europa, Karl Schurster analisa o crescente extremismo político no velho mundo, influenciado por um nacionalismo exacerbado ante problemas gerados pela migração e pelas questões trabalhistas.
Nesta mesma linha, na América do Sul, Rafael Alonso no artigo, A História Política Recente do Equador: da instabilidade crônica à eleição de Rafael Correa (1996-2006), apresenta o instável quadro político e econômico do Equador em anos recentes, afetando assim a legitimidade popular.
Voltando um pouco no tempo, mas ainda centrados nas crises mundiais, mais dois textos dão foco ao extremismo:
De Jango a Castello: O golpe civil-militar e suas repercussões na política externa brasileira (1961-67), escrito por Leandro Gavião e Rafael Rosa, discute o Golpe Militar no Brasil (1964) e a formulação de uma política externa alicerçada no americanismo e no globalismo. A influência do pensamento autoritário da Ação Francesa no governo provisório de Vichy, título do artigo de Guilherme Andrade e Rafael Botton, mostra o processo de consolidação da extrema direita na França e a política colaboracionista do Governo de Vichy.
José Maria Neto, num outro viés, discorre sobre a utilização da imagem para fins políticos no trabalho “Convergenza d’interessi, forze, costumi, religioni, vizi e virtu”: O Império Romano como metáfora visual no Cinema Italiano (1909-1937). Como os filmes sobre o Império Romano desta época se relacionavam com a política italiana nas primeiras décadas do século XX.
As resenhas também apresentam “tremores”. Raquel Assis faz uma abordagem da obra de Max Hastings (2012),Inferno: o mundo entre guerra 1939-1945, sobre particularidades da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Já Kate Oliveira aponta para as raízes do problema com a educação em Sergipe, ao analisar o livro Configuração do Trabalho Docente: a Instrução Primária em Sergipe no Século XIX (1826-1889), de Simone Amorim.
Desejamos a todos uma ótima leitura!
Os Editores