Colonialidade como fato social total: a teoria social de Aníbal Quijano

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21669/tomo.v42i.16786

Palavras-chave:

Colonialidade, Fato social total, Aníbal Quijano, Teoria social

Resumo

Em um esforço de explicitar a teoria social produzida por Aníbal Quijano, buscarei demonstrar como a colonialidade, quando lida como fato social total, é fenômeno abarcador, presente em experiências individuais – seja em diversas formações sócio-nacionais seja de mulheres e homens em particular – e que, mutatis mutandis, confere a tais experiências uma significação global ou um caráter de totalidade, imiscuindo-se nas dimensões sincrônico-estrutural (da ordem), diacrônico-histórica (da mudança), corpóreo-psíquica (subjetividade), assim como onto-epistemológica (metateórica).

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Lucas Trindade da Silva, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)

Professor adjunto do Instituto Humanitas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal da Paraíba (2011), mestrado em Sociologia pela Universidade Federal de Pernambuco (2014) e doutorado em Sociologia pela Universidade de Brasília (2018), onde também foi Professor substituto (40h). Realizou estágios de pós-doutorado no Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e no Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), ambos com financiamento do PNPD/CAPES. Está integrado ao Grupo de Pesquisa Social (GPS) da UFRN, ao Periféricas - Núcleo de Estudos em Teorias Sociais, Modernidades e Colonialidades (UFBA) e ao Grupo de Estudos em Teoria Social e Subjetividades (GETSS) da UFPE.

Referências

Adorno, Theodor W. Minima Moralia. Lisboa: Edições 70, 2001.

__________. O ensaio como forma: In: Adorno, Theodor W. Notas de literatura I. São Paulo: Duas cidades, Ed. 34, 2003.

Alexander, Jeffrey. Theoretical logic in sociology, v. 4. Berkeley: University of California Press, 1983.

____________. Twenty lectures: Sociological theory since World War II. New York: Columbia University Press, 1987.

Althusser, Louis. Aparelhos Ideológicos de Estado. Rio de Janeiro: Graal, 1985.

____________. Por Marx. Campinas: Editora da Unicamp, 2015.

Ballestrin, Luciana. América Latina e o giro decolonial. Revista Brasileira de Ciência Política, n. 11. Brasília, maio-agosto de 2013, p. 89-117.

Bernardino-Costa, Joaze. A prece de Frantz Fanon: Oh, meu corpo, faça sempre de mim um homem que ques-tiona!. Civitas, Porto Alegre, v. 16, n. 3, jul-set 2016, p. 504-521.

Butler, Judith. A vida psíquica do poder: teorias da sujeição. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2017.

Césaire, Aimé. Discurso sobre o colonialismo. Lisboa: Livraria Sá da Costa Editora, 1978.

Connell, Raewyn. Southern theory: the global dynamics of knowledge in social sciences. Cambridge: Polity Press, 2007.

Fanon, Frantz. Pele negra, máscaras brancas. Salvador: EDUFBA, 2008.

Fernandes, Florestan. A integração do negro na sociedade de classes. São Paulo: Ática, 1978.

Giddens, Anthony.A constituição da sociedade. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

Gonzalez, Lélia. Racismo e sexismo na cultura brasileira. In: Gonzalez, Lélia. Por um feminismo afro-latino-americano: ensaios, intervenções e diálogos (organizado por Flávia Rios e Márcia Lima). Rio de Janeiro: Zahar, 2020.

Grosfoguel, Ramón. Descolonizando los universalismos occidentales: el pluriversalismo transmoderno decolonial desde Aimé Césaire hasta los zapatistas. In: Castro-Gómez y Grosfoguel (orgs.). El giro decolonial: reflexiones para una diversidad epistémica más allá del capitalismo global. Bogotá: Siglo del Hombre Editores, 2007.

Habermas, Jürgen. O Discurso Filosófico da Modernidade. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

Huguet, Montserrat Galceran. El análisis del poder: Foucault y la teoría decolonial. Tabula Rasa, Bogotá – Colômbia, n. 16, enero-junio 2012, p. 59-77.

Joas, Hans; Knöbl, Wolfgang.Teoria social: vinte lições introdutórias. Petrópolis, RJ: Vozes, 2017.

Lévi-Strauss, Claude. Introdução à obra de Marcel Mauss. In: Mauss, Marcel. Sociologia e antropologia. São Paulo: Cosac & Naify, 2003.

Lugones, María. Colonialidad y género: hacia un feminismo decolonial. In: Mignolo, Walter (org.). Género y descolonialidad. Buenos Aires: Del Signo, 2008.

__________. Rumo a um feminismo descolonial. Estudos feministas, Florianópolis, 22 (3): 320, setembro-de-zembro 2014, p. 935-952.

Maldonado-Torres, Nelson. Sobre la colonialidad del ser: contribuciones al desarrollo de un concepto. In: Castro-Gómez, Santiago; Grosfoguel, Ramón (orgs.). El giro decolonial: reflexiones para una diversidad epistémica más allá del capitalismo global. Bogotá: Siglo del Hombre Editores; Universidad Central, Instituto de Estudios Sociales Contemporáneos y Pontifica Universidad Javeriana, Instituto Pensar, 2007.

Mariátegui, José Carlos. Ponto de vista antiimperialista. Revista Novos Rumos, Marília, n. 18/19 (5), 1990, p. 64-66.

Martins, Paulo Henrique. A sociologia de Marcel Mauss. Revista Crítica de Ciências Sociais, 73, dezembro 2005, p. 45-66.

Mauss, Marcel. Sociologia e antropologia. São Paulo: Cosac & Naify, 2003.

Mignolo, Walter. Colonialidade: o lado mais escuro da modernidade. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v.21, n.94, 2017. Montoya Huamaní, Segundo Timoteo. Aníbal Quijano: reconstrucción de su vida y obra, 1948-1968, tomo 1.

Lima: Heraldos Editores, 2021.Quijano, Aníbal. Lo público y lo privado: un enfoque latinoamericano. In: Quijano, Aníbal. Modernidad, identidad y utopia en America Latina. Lima: Sociedad y Política ediciones, 1988.

_________. La nueva heterogeneidad estructural de America Latina. Hueso Humero, n. 26, 1990, p. 8-33.

_________. Colonialidad y Modernidad-Racionalidad. In: Bonilla, Heraclio. Los Conquistados: 1492 y la población indígena de las Américas. Bogotá: Tercer Mundo, 1992.

_________. Modernity, Identity and Utopia in Latin America. Boundary 2, vol. 20, n. 3, The postmodern debate in Latin America, autumn, 1993, p. 140-155.

_________. Colonialidade, poder, globalização e democracia. Novos rumos, ano 17, n. 37, 2002.

_________. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In: Lander, Edgardo (org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino-americanas. Colección Sur Sur. Buenos Aires: CLACSO, 2005a.

_________. Dom Quixote e os moinhos de vento na América Latina. Estudos Avançados, 19 (55), 2005b, p. 9-31.

_________. Colonialidad del poder y Clasificación Social. Clímaco, D (org.). Cuestiones y Horizontes: de la depen-dencia historico-estrutural a la colonialidad/descolonialidad del poder. Buenos Aires: CLACSO, 2014a.

_________. América Latina en la economía mundial. Clímaco, D (org.). Cuestiones y Horizontes: de la depen-dencia historico-estrutural a la colonialidad/descolonialidad del poder. Buenos Aires: CLACSO, 2014b.

Ramos, Guerreiro. Introdução crítica à sociologia brasileira. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 1995.

Rojas, Rodrigo Montoya. Aníbal Quijano: socialización del poder como cuestión central del socialismo. Dis-cursos del Sur, n. 3, enero/junio 2019, p. 55-75.

Rubbo, Deni Ireneu Alfaro. Aníbal Quijano e a racionalidade alternativa na América Latina: diálogos com Mariátegui. Estudos Avançados, 32 (94), 2018, p. 391-409.

______. Aníbal Quijano em seu labirinto: metamorfoses teóricas e utopias políticas. Sociologias, Porto Alegre, 2019, p. 1-30.

Silva, Lucas Trindade da. Colonialidade do poder como meio de conhecimento: em torno de seus limites e potencialidades explicativas. Plural, v. 22, n. 2, 2015, p. 204-221.

Vandenberghe, Frédéric. Uma história filosófica da sociologia alemã: alienação e reificação, v. 1: Marx, Simmel, Weber e Lukács. São Paulo: Annablume, 2012.

Weber, Max. A ética protestante e o “espírito” do capitalismo. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.

Publicado

2023-01-11

Como Citar

Silva, L. T. da. (2023). Colonialidade como fato social total: a teoria social de Aníbal Quijano. Revista TOMO, 42, e16876. https://doi.org/10.21669/tomo.v42i.16786

Edição

Seção

Dossiê: Teorias Críticas Decoloniais: uma ecologia de saberes