A "ENGRAÇADA” LÍNGUA DE PRETO
RACIALIZAÇÃO DA LINGUAGEM DOS ESCRAVIZADOS NA PROVÍNCIA DO RIO DE JANEIRO (1822/1889)
Palavras-chave:
Língua de preto; Colonialidade; Escravidão.Resumo
Ao longo do século XIX, a racialização da linguagem dos escravizados, estereotipada como “língua de preto”, foi uma prática discursiva da classe senhorial e/ou das elites letradas fluminenses para inferiorizarem os negros, relegando-os à ordem de uma impossibilidade civilizatória. Baseado numa abordagem historiográfica que concebe o escravizado como agente social, na história sociopolítica dos contatos linguísticos e na Análise dialógica do discurso, esse artigo problematiza a racialização da linguagem como uma prática discursiva da classe senhorial para desumanizar o negro escravizado e fazer valer o plano de unidade linguística que alimentava a ideologia de uma identidade nacional branca. Por fim, concluímos que diferente da previsão das elites letradas, a “língua de preto” enriqueceu a dinâmica das identidades culturais brasileiras.
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