POLÍTICAS DE TRADUÇÃO E DE INTERPRETAÇÃO: DIÁLOGOS EMERGENTES
DOI:
https://doi.org/10.51951/ti.v10i22Resumo
A interpretação comunitária pode oferecer importantes subsídios para as políticas de tradução e de interpretação de línguas de sinais. Nesse sentido, buscam-se, neste artigo, argumentos nas políticas e nos direitos linguísticos para mostrar a articulação entre esses campos de saber e suas possíveis contribuições. Com base em uma abordagem qualitativa, de cunho descritivo-documental, apresenta-se um levantamento preliminar das leis sobre tradutores e intérpretes de línguas de sinais no âmbito da interpretação comunitária; da produção acadêmica sobre tradução e interpretação de línguas de sinais no âmbito dos Programas de Pós-Graduação em Estudos da Tradução e das questões profissionais (documentos orientadores produzidos pelas entidades representativas) no que tange à tradução e à interpretação de línguas de sinais no âmbito comunitário. Os resultados iniciais podem contribuir na visibilidade da interpretação comunitária como propulsora de políticas de tradução e de interpretação, tomando como exemplo o percurso trilhado pelas línguas de sinais no Brasil.
Palavras-chave: Políticas de tradução e de interpretação. Interpretação comunitária. Políticas linguísticas. Direitos linguísticos.
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