Macbeth à brasileira

o processo de adaptação literária da peça de Shakespeare para o filme A floresta que se move

Autores

DOI:

https://doi.org/10.51951/ti.v14i30.p85-96

Palavras-chave:

Literatura. Shakespeare. Adaptação. Cinema. Narrativa.

Resumo

Neste artigo, analisaremos a adaptação literária da peça teatral Macbeth (1606), de William Shakespeare, para as telas do cinema em uma versão brasileira intitulada A Floresta que se Move (2015). A partir da estrutura do roteiro e dos princípios da teoria da adaptação, vamos explorar como ocorre a transição do texto cênico para o audiovisual. Procuraremos responder à questão dos limites entre a escrita cinematográfica e o registro literário. Para guiar nossa análise do processo adaptativo, utilizaremos as considerações de Henri Mitterand (2014), Robert Stam (2008), Ismail Xavier (2003), e Linda Hutcheon (2011), levando em consideração as adaptações cinematográficas como um processo de transmutação de linguagens.

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Biografia do Autor

Francisco Malta, Universidade Estácio de Sá - UNESA

Doutor em Literatura Comparada pelo programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Roteirista de Cinema e TV. Professor no Ibmec e Unesa: Rio de Janeiro.

Referências

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Referências audiovisuais

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Publicado

11-07-2024

Como Citar

MALTA, Francisco. Macbeth à brasileira: o processo de adaptação literária da peça de Shakespeare para o filme A floresta que se move. Travessias Interativas, São Cristóvão-SE, v. 14, n. 30, p. 85–96, 2024. DOI: 10.51951/ti.v14i30.p85-96. Disponível em: https://periodicos.ufs.br/Travessias/article/view/n30p85. Acesso em: 7 set. 2024.

Edição

Seção

Literatura e cinema: questões de adaptação cinematográfica