A variação entre o futuro do pretérito e o pretérito imperfeito do indicativo no emprego do tempo futuro hipotético em textos escolares de alunos do ensino médio
DOI:
https://doi.org/10.51951/ti.v14i31.p138-154Palavras-chave:
Variação linguística. Futuro do pretérito do indicativo. Pretérito imperfeito do indicativo. Ensino médio.Resumo
O emprego da língua apresenta formas linguísticas em variação, que coexistem e competem entre si. As formas coexistentes são as variantes linguísticas, quando há regra variável na língua. No português brasileiro, o tempo futuro é um fenômeno linguístico variável, manifestando-se de maneiras distintas. Este estudo, amparado na Sociolinguística variacionista, fundamenta-se em Bagno (2007, 2009), Coutinho (2005), Oliveira (2008), Sousa (2007), entre outros. Objetiva Investigar, em textos de alunos do ensino médio, os usos verbais utilizados para a representação do futuro hipotético. O objeto de estudo é a variação entre o futuro do pretérito “Eu guardaria dinheiro para ajudar minha família” e o pretérito imperfeito do Indicativo “Eu guardava dinheiro para ajudar minha família” nos textos desses alunos. Para a geração dos dados, os estudantes produziram textos estimulados por uma situação hipotética. Os dados foram codificados e submetidos ao programa GoldVarbX para a análise estatística. Como resultado temos a alternância no uso dos tempos verbais, Indicando que fatores linguísticos e extralinguísticos como a conjugação verbal, o sexo e a modalidade de ensino contribuem para tal alternância. Os alunos usam quatro variantes para representar o futuro hipotético: futuro do pretérito simples, futuro do pretérito composto, pretérito imperfeito simples e pretérito imperfeito composto.
Downloads
Referências
ANTUNES, Irandé. Língua, texto e ensino: outra escola possível. São Paulo: Parábola, 2009.
BAGNO, Marcos. Nada na língua é por acaso: por uma pedagogia da variação linguística. São Paulo: Parábola, 2007.
BAGNO, Marcos. Não é errado falar assim! em defesa do português brasileiro. São Paulo: Parábola, 2009.
COUTINHO, Ismael de Lima. Pontos de gramática histórica. 19. ed. Rio de Janeiro: ao Livro Técnico, 2005. Coleção Linguística e Filologia.
OLIVEIRA, Josane Moreira de. Qual o futuro da Bahia? In: XV Congresso Internacional de la Asociación de Linguística y Filología de América Latina – ALFAL, p. 1-12, (Montevideo, 18 a 21 de agosto de 2008).
SOUSA, Fernanda Cunha. A variação de usos entre pretérito imperfeito e futuro do pretérito do Indicativo na expressão da hipótese. Revista Gatilho. v.6, 2007.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Travessias Interativas
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) Os(as) autores(as) mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons BY-NC-ND 4.0 International, o que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista, desde que não seja para uso comercial e sem derivações.
b) Os(as) autores(as) têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho on-line (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) após o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
d) Os(as) autores(as) dos trabalhos aprovados autorizam a revista a, após a publicação, ceder seu conteúdo para reprodução em indexadores de conteúdo, bibliotecas virtuais e similares.
e) Os(as) autores(as) assumem que os textos submetidos à publicação são de sua criação original, responsabilizando-se inteiramente por seu conteúdo em caso de eventual impugnação por parte de terceiros.