A literatura e a formação cidadã
uma análise da construção narrativa e dos aspectos sociais em A Moça Tecelã de Marina Colasanti
DOI:
https://doi.org/10.51951/ti.v15i33.p53-63Palavras-chave:
Literatura. Feminismo. Narrativa contrafactual. Marina Colasanti. Formação crítica.Resumo
Este artigo analisa o conto “A moça tecelã”, de Marina Colasanti, com o objetivo de explorar como a narrativa promove uma reflexão crítica sobre o papel feminino, utilizando uma construção contrafactual que transcende a trama e evoca discussões sociais e filosóficas sobre autonomia, identidade e papéis de gênero. A partir de uma abordagem analítica e teórica, fundamentada em teóricos como Lukács (1961), Bauman (2001), Bourdieu (2002), Boyd (2009) e Sanford&Emmott (2012), o estudo articula conceitos de Literatura e Sociologia. A metodologia Inclui uma análise textual detalhada, centrada na construção narrativa e nas metáforas do tear e da tecelagem, que simbolizam tanto a autonomia criativa quanto as limitações impostas pelo patriarcado. Além disso, o conceito de narrativas contrafactuais é empregado para Investigar alternativas de escolha na trajetória da protagonista e Incentivar a reflexão crítica sobre valores sociais predominantes. A análise evidencia que o conto transcende a estética literária ao propor reflexões sobre solidão, Independência e os desafios enfrentados pelas mulheres em contextos tradicionais. Conclui-se que “A moça tecelã” é uma metáfora rica e multifacetada, articulando discussões contemporâneas sobre emancipação feminina e transformação social.
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Referências
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