A MODERNIDADE E O TEMA DA MULTIDÃO EM BAUDELAIRE E ELIOT

THE MODERNITY AND THE THEME OF THE CROWD IN BAUDELAIRE AND ELIOT

Authors

  • Elis Regina Fernandes ALVES Letras - UFAM

DOI:

https://doi.org/10.51951/ti.v7i13

Abstract

RESUMO: Este trabalho analisa como Charles Baudelaire e T. S. Eliot entendem a modernidade e tematizam a multidão e os temas a ela relacionados em seus poemas. Como referencial teórico, utilizo os aportes de Gumbrecht (1998), Nunes (1993), Calinescu (1999), para abordagem da modernidade, e estudiosos de Baudelaire e Eliot, como Junqueira (2014), Unger (1961), Wilson (1967), Calasso (2012), Hamburger (2007), Friedrich (1991), Benjamin (1989), dentre outros. Conclui-se que os poetas encaram de modo diferente a multidão: em Baudelaire, há certa busca por comunhão entre a multidão, na qual os homens buscam se comunicar; enquanto em Eliot, a multidão é desoladora, os homens nela se veem apartados e incomunicáveis.

PALAVRAS-CHAVE: Charles Baudelaire. T. S. Eliot. Modernidade. Multidão.

      

ABSTRACT: This paper analyzes how Charles Baudelaire and T. S. Eliot understand the modernity and thematize the crowd and the themes related to it in their poems. As theoretical reference, I use the contributions of Gumbrecht (1998), Nunes (1993), Calinescu (1999), to approach the modernity, and Baudelaire and Eliot scholars such as Junqueira (2014), Unger (1961), Wilson (1967), Calasso (2012), Hamburger (2007), Friedrich (1991), Benjamin (1989), among others. It is concluded that the poets face the crowd differently: in Baudelaire, there is a certain search for communion among the crowd, in which men seek to communicate, while in Eliot the crowd is desolating, the men in it are separated and incommunicable.

KEYWORDS: Baudelaire. Eliot. Modernity. Crowd.

Downloads

Download data is not yet available.

References

BAUDELAIRE, C. As flores do mal. Tradução e notas de Ivan Junqueira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009.

BAUDELAIRE, C. O pintor da vida moderna. In: A modernidade de Baudelaire. Apresentação de Teixeira Coelho. Tradução de Suely Cassal. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988. P. 159-212.

BENJAMIN, W. Charles Baudelaire. Um lírico no auge do capitalismo. Obras escolhidas. Volume III. Tradução de José Carlos Martins Barbosa e Hemerson Alves Baptista. São Paulo: Brasiliense, 1989.

BERMAN, Marshall. 1986. Tudo que é sólido desmancha no ar. Tradução de Carlos Felipe Moisés, Ana Maria L. Ioriatti e Marcelo Macca. São Paulo: Cia das Letras, 1986.

CALASSO, R. A folie Baudelaire. Tradução de Joana Angélica D’Avila Melo. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.

CALINESCU, M. As 5 faces da modernidade. Tradução de Jorge Teles de Menezes. Lisboa: Veja, 1999.

ELIOT, T. S. Ensaios. Tradução e notas de Ivan Junqueira. São Paulo: Art editora, 1989.

ELIOT, T. S. Poesia. Apresentação de Affonso Romano de Sant’Anna. Tradução, introdução e notas de Ivan Junqueira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2014.

FRIEDRICH, H. Estrutura da lírica moderna. Tradução de Marise M. Curioni. 2. ed. São Paulo: Duas Cidades, 1991.

FRYE, N. T. S. Eliot. Tradução de Elide-Lela Valarini. Rio de Janeiro: Imago, 1998.

GUMBRECHT, H.U. A modernização dos sentidos. Tradução de Lawrence Flores Pereira. São Paulo: Editora 34, 1998.

HAMBURGER, M. A verdade da poesia. Tradução de Alípio Correia de Franca Neto. São Paulo: Cosac e Naify, 2007.

JUNQUEIRA, I. Eliot e a poética do fragmento. In: ELIOT, T. S. Poesia. Apresentação de Affonso Romano de Sant’Anna. Tradução, introdução e notas de Ivan Junqueira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2014. p. 25-65.

NUNES, B. No tempo do niilismo e outros ensaios. São Paulo: Ática, 1993.

RAYMOND, M. De Baudelaire ao surrealismo. Tradução de Fúlvia M. L. Moretto, Guacira Marcondes Machado. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1997.

UNGER, L. T. S. Eliot. Tradução de Anna Maria Martins. São Paulo: Martins, 1961.

WILSON, E. O castelo de Axel. Tradução de José Paulo Paes. São Paulo: Cultrix, 1967.

Published

2019-03-13

How to Cite

ALVES, Elis Regina Fernandes. A MODERNIDADE E O TEMA DA MULTIDÃO EM BAUDELAIRE E ELIOT: THE MODERNITY AND THE THEME OF THE CROWD IN BAUDELAIRE AND ELIOT. Travessias Interativas, São Cristóvão-SE, v. 7, n. 13, p. pp. 68–84, 2019. DOI: 10.51951/ti.v7i13. Disponível em: https://periodicos.ufs.br/Travessias/article/view/10957. Acesso em: 19 dec. 2024.