CRENÇAS SOBRE O EXAME CELPE-BRAS DE AGENTES ENVOLVIDOS COM O PROGRAMA DE ESTUDANTES-CONVÊNIO DE GRADUAÇÃO (PEC-G)
DOI:
https://doi.org/10.51951/ti.v10i22Resumen
O Programa de Estudantes-Convênio de Graduação (PEC-G) é um programa de cooperação internacional na educação superior estabelecido pelo Brasil em parceria com países em desenvolvimento da América Latina, Caribe, África, Ásia e Europa. Candidatos ao PEC-G podem frequentar cursos de língua portuguesa ofertados por Instituições de Ensino Superior (IES) brasileiras para obter a certificação no Certificado de Proficiência em Língua Portuguesa para Estrangeiros (Celpe-Bras), um dos requisitos para o ingresso efetivo no PEC-G. Neste artigo, analisamos as crenças sobre o Celpe-Bras de agentes envolvidos em um curso de português para candidatos ao PEC-G (estudantes, professoras e coordenadora). Adotamos a noção teórica de mecanismos de política linguística (SHOHAMY, 2006) e realizamos entrevistas semiestruturadas com os agentes. Na análise, utilizamos os aportes da Linguística Textual e da Semântica Argumentativa (KOCH, 2000, 2011). As conclusões apontaram para crenças unânimes dos agentes sobre o Celpe-Bras como altamente exigente, embora com particularidades quanto à interpretação sobre o que seria, de fato, avaliado pelo teste.
Palavras-chave: Política linguística. Português como língua adicional. Celpe-Bras. PEC-G.
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