A CHAVE DE CASA: MARCAS DA MEMÓRIA, ALICERCE DA IDENTIDADE
THE HOUSE IN SMYRNA: MARKS OF MEMORY, FOUNDATION OF IDENTITY
DOI:
https://doi.org/10.51951/ti.v7i14Resumen
RESUMO: O presente trabalho busca analisar a obra autoficcional de Tatiana Salem Levy, tendo como foco o processo de construção do “eu” da narradora/personagem e as características da narrativa que corroboram o desenvolvimento da identidade. No que se refere à estrutura do texto, o emprego da primeira pessoa do singular, considerada por Benveniste (1988) a única pessoa subjetiva, já determina o tom intimista e particular que será habilmente imbuído ao romance. Não obstante, para constituir os traços que serão responsáveis por desvelar a alma da narradora, a obra irá manipular a introspecção profunda e a memória – com toda sua carga identitária –, usufruindo “fantasmas”, fluxos de consciência, vivências (ilusórias e reais) para elaborar o complexo vitral da subjetividade. Sob esse viés, as linhas de A chave de casa são observadas como vestígios que se propõem a criar, remontar e representar o singular mistério da busca por si mesmo e tudo aquilo que consiste ser “eu”.
PALAVRAS-CHAVE: Subjetividade. Memória. Identidade.
ABSTRACT: This paper aims to analyze the autofictional work by Tatiana Salem Levy, having as its focus the process of construction of the narrator/character’s “self ” and the characteristics of the narrative that corroborate with the development of identity. Regarding the textual structure, the use of the singular form of the first person, which Benveniste (1988) considers as the only subjective person, determines an intimate and particular tone that will be cleverly imbued in the novel. Notwithstanding, in order to constitute the traits that will be responsible for unveiling the narrator’s soul, the book will manipulate the deep insight and memory – with all its identity load –, making use of “ghosts”, streams of consciousness, experiences (both illusory and real ones) to elaborate the stained glass complex of subjectivity. Under this bias, the lines in The House inSmyrna are observed as traces that intend to create, to reassemble, and to represent the singular mystery of the search for oneself and of everything that consists of being “self ”/”I”.
KEYWORDS: Subjectivity. Memory. Identity.
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