O HOMEM É APENAS UM SER TRÁGICO QUE AMA E MORRE: A IRONIA EM O BEIJO NO ASFALTO

MAN IS ONLY A BEING TRAGIC WHO LOVES AND DIES: THE IRONY IN O BEIJO NO ASFALTO

Auteurs

  • Solange Santos SANTANA UFBA - Salvador/BA

Résumé

RESUMO: Seguindo a trajetória da personagem principal, Arandir, objetiva-se, neste trabalho, identificar e refletir sobre os modos como a ironia perpassa O beijo no asfalto, quais suas marcas, vestígios e funções para a significação desse texto dramático do teatrólogo brasileiro, Nelson Rodrigues. Acredita-se que questionar, provocar e problematizar tudo que aparentemente é estável são os alicerces da ironia rodriguiana.

PALAVRAS-CHAVE: Nelson Rodrigues. O beijo no asfalto. Ironia.

      

ABSTRACT: By following the trajectory of the main character Arandir try to reflect about the ways in which irony cut across O beijo no asfalto, which its marks, its traces and its functions to the significance of this dramatic text rodriguiano. It is believed, here, that to question, provoke and problematizes everything that is apparently stable are the foundation of the irony of Nelson Rodrigues.

KEYWORDS: Nelson Rodrigues. O beijo no asfalto. Irony.

Téléchargements

Les données relatives au téléchargement ne sont pas encore disponibles.

Références

ALAVARCE, Camila da Silva. A ironia e suas refrações: um estudo sobre a dissonância na paródia e no riso. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2009.

ANGRIMANI SOBRINHO, Danilo. Espreme que sai sangue: um estudo do sensacionalismo na imprensa. São Paulo: Summus, 1995.

ARTAUD, Antonin. O teatro e a peste. Em: O teatro e seu duplo. Tradução de Teixeira Coelho. Revisão da tradução Monica Stahel. São Paulo: Martins Fontes, 2006. p. 9-30.

BARTHES, Roland. A câmara clara: notas sobre a fotografia. Tradução de Júlio Castanõn Guimarães. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984.

______. Fragmentos de um discurso amoroso. Tradução de Hortência dos Santos. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1990.

BATAILLE, Georges. O erotismo. Tradução de Cláudia Fares. São Paulo: Arx, 2004.

BRAIT, Beth. Ironia em perspectiva polifônica. 2. ed. Campinas: EdUNICAMP, 2008.

CAFEZEIRO, Edwaldo; GADELHA, Carmen. História do teatro brasileiro: um percurso de Anchieta a Nelson Rodrigues. Rio de Janeiro: UFRJ/EdUERJ/FUNARTE, 1996.

ECO, Umberto. Entre a mentira e a ironia. Tradução de Adriana Aguiar. Rio de Janeiro: Record, 2006.

HUTCHEON, Linda. Teoria e política da ironia. Tradução de Julio Jeha. Belo Horizonte: EdUFMG, 2000.

MAGALDI, Sábato. Prefácio. Em: RODRIGUES, Nelson. Teatro Completo. Organização de Sábato Magaldi. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1993. p. 11-132.

MENDES, Cleise. As estratégias do drama. Salvador: EdUFBA, 1995.

MUECKE, Douglas Colin. The compass of irony. London and New York: Methuen & Co.Ltd, 1980.

______. Ironia e o irônico. Tradução de Geraldo Gerson de Souza. São Paulo: Perspectiva, 1995.

NIETZSCHE, Friedrich. Verdade e mentira no sentido extramoral. Tradução, apresentação e notas por Noéli Correia de Melo Sobrinho. Revista Comum, Rio de Janeiro, v. 6 n. 17, p. 5-23, jul/dez, 2001. Disponível em: <http://www.facha.edu.br/publicacoes/comum/comum17/pdf/verdade.pdf>. Acesso em: 09 nov. 2012.

NUNES, Luiz Arthur. O teatro de Nelson Rodrigues. Em: NUNEZ, Carlinda Fragale Pate et al. O teatro através da história. Rio de Janeiro: Centro Cultural Banco do Brasil/Entourage Produções Artísticas, 1994. p. 175-187.

PELLEGRINO, Hélio. A obra e O beijo no asfalto. In: RODRIGUES, Nelson. Teatro Completo. Organização geral e Prefácio de Sábato Magaldi. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1993. p. 155-166.

RIBEIRO, Léo Gilson. O sol sobre o pântano. In: RODRIGUES, Nelson. Teatro Completo. Organização geral e Prefácio de Sábato Magaldi. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1993. p. 169-179.

RODRIGUES, Nelson. O beijo no asfalto. In: Teatro Completo. Organização geral e Prefácio de Sábato Magaldi. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1993. p. 941-989.

XAVIER, Lola Geraldes. O discurso da ironia em literaturas da Língua Portuguesa. Viseu: Novo Imbondeiro, 2007.

Publiée

2019-03-24

Comment citer

SANTANA, Solange Santos. O HOMEM É APENAS UM SER TRÁGICO QUE AMA E MORRE: A IRONIA EM O BEIJO NO ASFALTO: MAN IS ONLY A BEING TRAGIC WHO LOVES AND DIES: THE IRONY IN O BEIJO NO ASFALTO. Travessias Interativas, São Cristóvão-SE, v. 4, n. 7, p. pp. 119–133, 2019. Disponível em: https://periodicos.ufs.br/Travessias/article/view/11077. Acesso em: 19 déc. 2024.