Mapeando fronteiras compreendendo a natureza transtextual das adaptações
DOI:
https://doi.org/10.51951/ti.v14i30.p97-113Palavras-chave:
Teoria da Adaptação. Transtextualidade. Literatura e Cinema. Criatividade e Originalidade.Resumo
Neste artigo, com o objetivo de compreender o que é a adaptação, e o que a distingue de outras formas de criação artística, coloca-se em diálogo Hutcheon e Genette, tomando-se como premissa o reconhecimento de que todo processo criativo se baseia em referências prévias. Partindo da Teoria da Adaptação de Linda Hutcheon, em consonância com ideias de Linda Seger e de Robert Stam, o artigo procura distinguir quais elementos destas teorias poderiam ajudar a fazer essa distinção, e quais outros não são tão efetivamente úteis para este propósito. Alimentando-se da compreensão sobre a criatividade e ideias sobre a originalidade, o artigo reflete sobre as relações entre textos como critério auxiliar para aprofundamento da definição do que pode ser ou não considerado Adaptação dentro da teoria da Adaptação de Linda Hutcheon. Deste modo, calca-se na abordagem da Transtextualidade em Gérard Genette, onde finalmente encontram-se os instrumentos necessários à identificação das relações entre textos que caracterizam as adaptações, oportunizando um contraste mais apurado entre adaptações e outras obras.
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