Legitimidade democrática e cidadania da União Europeia

Autores

  • Francielle Vieira Oliveira Escola de Direito da Universidade do Minho (Braga, Portugal)

Resumo

O presente trabalho apresenta um breve relato histórico do processo de legitimação democrática da União Europeia, incluindo o surgimento da cidadania europeia. Na sequência são analisados alguns argumentos que rejeitam a tese no-demos no democracy, abordando neste sentido a prescindibilidade de um povo como requisito a conferir legitimidade à democracia da União Europeia. Combatida a tese no demos, passamos a verificar quais critérios de legitimação democrática são mais adequados à estrutura organizacional da União Europeia. Deste modo observamos que a democracia supranacional não tem de ser um espelho da democracia nacional, pois a União Europeia possui uma estrutura organizacional diferente da do Estado. O suposto défice democrático da União Europeia não decorre, portanto, do fato de não possuir os mesmos procedimentos eleitorais tais como aqueles implantados em um Estado Democrático de Direito. O défice democrático que atualmente identificamos na União Europeia é resultado da inexistência de um espaço público onde os cidadãos possam participar mais ativamente nos processos decisórios.

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Biografia do Autor

Francielle Vieira Oliveira, Escola de Direito da Universidade do Minho (Braga, Portugal)

Doutoranda em Ciências Jurídicas Públicas na Universidade do Minho, com bolsa atribuída pela Capes; Pesquisadora do Centro de Estudos em Direito da União Europeia da Escola de Direito da Universidade do Minho.

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Publicado

2016-01-31

Como Citar

VIEIRA OLIVEIRA, Francielle. Legitimidade democrática e cidadania da União Europeia. Diké (UFS), [S. l.], v. 4, n. 2, p. 64–86, 2016. Disponível em: https://periodicos.ufs.br/dike/article/view/3920. Acesso em: 5 nov. 2024.