Oficinas de letramento para uma educação antirracista

Christoffer Carvalho de Medeiros; Alana Driziê Gonzatti dos Santos; Glícia Azevedo

doi:10.47250/forident.v39n1.p127-141

Autores

Christoffer Carvalho de Medeiros Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN https://orcid.org/0009-0003-3861-8877
Alana Driziê Gonzatti dos Santos Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN https://orcid.org/0000-0002-9308-6303
Glícia Azevedo Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN https://orcid.org/0000-0001-6489-2122

DOI:

https://doi.org/10.47250/forident.v39n1.p127-141

Palavras-chave:

Oficina de letramento, Multimodalidade, Projeto de Letramento, Educação Antirracista

Resumo

A abordagem de questões étnico-raciais na educação pública brasileira está prevista na legislação há duas décadas, conforme a Lei 10.639/2003. Nesse sentido, a fim de contribuir para uma maior sistematização desse tipo de trabalho, este artigo tem como objetivo discutir oficinas de letramento em um projeto com foco na educação antirracista, desenvolvido com alunos de nível fundamental de uma escola estadual do Rio Grande do Norte. Com uma abordagem qualitativa de viés etnográfico, os colaboradores realizaram leituras multimodais de Rap, Slam Poesia e outros gêneros discursivos que versavam sobre racismo estrutural e, a partir disso, produziram relatos pessoais e comentários críticos. Como achados, destacamos a tomada de consciência da questão, o que contribui para uma formação antirracista.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Christoffer Carvalho de Medeiros, Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN

É professor de Rede Pública de Ensino do Rio Grande do Norte. Graduado em Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Especialista em Leitura e Produção de Texto pela UFRN. Mestrando do Mestrado Profissional em Letras da UFRN - Unidade Natal. Idealizador e coordenador do Projeto Baobá Educação Antirracista.

Alana Driziê Gonzatti dos Santos, Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN

É professora adjunta da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, atuando na graduação em Ciências e Tecnologia e no Mestrado Profissional em Letras (Unidade de Natal). Doutora em Estudos da Linguagem pela UFRN. Pesquisadora do grupo Letramento e Etnografia da UFRN.

Glícia Azevedo, Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN

É professora associada da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, atuando na graduação em Ciências e Tecnologia, no Mestrado Profissional em Letras (Unidade de Natal) e no Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem. Doutora em Linguística Aplicada pela Unicamp. Pesquisadora do grupo Letramento e Etnografia da UFRN.

Referências

ALMEIDA, Silvio Luiz de. Racismo estrutural. São Paulo: Pólen, 2019.

BAKHTIN, Mikhail; VOLOSHINOV, Valentin. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1992.

BRASIL. Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática ‘História e Cultura Afro-Brasileira’, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 10 jan. 2003. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.639.htm. Acesso em: 09 nov. 2023.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Brasília, DF: MEC, 2017. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 10 fev. 2024.

CAZDEN, Courtney; COPE, Bill; FAIRCLOUGH, Norman; GEE, Jim; et al. A pedagogy of multiliteracies: Designing social futures. Harvard Educational Review; Spring 1996.

EMICIDA. Pantera Negra. São Paulo, Lab Fantasma, 2021. CD (03:27).

FREIRE, Paulo. Cartas a Cristina. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1994.

GOMES, Nilma Lino. Educação e Relações Raciais: Refletindo sobre Algumas Estratégias de Atuação. In: MUNANGA, Kabengele (Org.). Superando o Racismo na Escola. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria da Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, 2005, p. 143-154.

IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Censo Brasileiro de 2022. Rio de Janeiro: IBGE, 2022.

KLEIMAN, Angela Bustos. (Org.) Os significados do letramento. Uma perspectiva sobre a prática social da escrita. Campinas: Mercado de Letras, 1995.

KLEIMAN, Angela Bustos. O processo de aculturação pela escrita: ensino da forma ou aprendizagem da função? In: KLEIMAN, A.; SIGNORINI, I. (Org.). O ensino e a formação do professor: alfabetização de jovens e adultos. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000. p. 223-243.

MV BILL. Causa e efeito. Rio de Janeiro, Chapa Preta, 2009. CD (05:30).

OLIVEIRA, Maria do Socorro; TINOCO, Glícia Azevedo; SANTOS, Ivoneide Bezerra Araújo. Projetos de letramento e formação de professores de língua materna. 2. ed., Natal: EDUFRN, 2014.

PEREIRA, Midria. A menina que nasceu sem cor. Youtube, 13 Fev 2019. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Vy0Colqv_a0. Acesso em: 15 fev. 2024.

RIBEIRO, Djamila. Pequeno manual antirracista. 1. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.

SABINO, Wellington. Somos revolucionários, somos homens do gueto. Youtube, 30 Mai 2018. Disponível em: https://youtu.be/5j1WM0L-X1k?si=e5R_ovRVpnK8cKJy. Acesso em: 15 fev. 2024.

SANTOS-MARQUES, Ivoneide Bezerra Araújo; KLEIMAN, Angela Bustos. Projetos, oficinas e práticas de letramento: leitura e ação social. Revista ComSertões – Juazeiro-BA, v.7, n.1, julho-dezembro de 2019. DOI: https://doi.org/10.36943/comsertoes.v7i1.7275

STREET, Brian. Letramentos sociais: abordagens críticas do letramento no desenvolvimento, na etnografia e na educação. Tradução: Marcos Bagno. São Paulo: Parábola Editorial, 2014.