O Coletivo Negro Beatriz Nascimento e as práticas educativas (re)in-surgentes sobre as cotas raciais na UFS
DOI:
https://doi.org/10.47250/forident.v40n1.p77-93Palavras-chave:
Coletivo Negro Beatriz Nascimento. Fraudes das cotas raciais na UFS. Práticas educativas de (re)in-surgência negra. Comissões de heteroidentificação. Escrevi(experi)vivências.Resumo
Este artigo busca refletir sobre práticas educativas de (re)in-surgência negra protagonizada pelo Coletivo Negro Beatriz Nascimento (CNBN), para Incidir politicamente sobre a presença e permanência de estudantes negras/os na UFS, por meio das cotas raciais. Para tanto, foram realizadas entrevistas abertas com Integrantes do CNBN e aplicados questionários semiestruturados. É uma Investigação Ação Participativa, Inspiradas nas escrevivências de Evaristo. Priorizamos autoras/es decoloniais críticos antirracistas que debatem o racismo estrutural, o movimento negro educador e a educação transgressora e libertadora. As práticas educativas do CNBN, impulsionaram a implementação da política de cotas raciais na UFS, por meio da implantação das Comissões de Heteroidentificação. O debate se Intensificou a partir das denúncias que envolveram fraudes das cotas raciais na UFS.
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