Notas iniciais sobre militares sergipanos e desobediências às normas do exército
Resumo
Recebido: 04/10/2015
Aprovado: 26/10/2015
Publicado: 30/10/2015
Na década de 1920 o Exército brasileiro passava por mudanças significativas. Uma destas alterações dizia respeito à própria concepção do que era (ou representava) um militar. Em meio a tais transformações, Sergipe recebia uma nova unidade militar, o 28º Batalhão de Caçadores (28º BC). O comportamento dos militares que compunham o batalhão recém-criado deveria obedecer às determinações dos regulamentos do Exército. No entanto, não foi exatamente isso que ocorreu. Muitos praças continuaram apresentando hábitos adquiridos antes do ingresso no 28º BC e que eram contrários às determinações das Forças Armadas. Atentando para isto, o objetivo deste trabalho é investigar os mecanismos utilizados pelos praças para transgredir os preceitos impostos pelo Exército entre 1922 e 1930, diante das ações do 28º BC para enquadrar os recrutas sergipanos aos padrões militares. Apesar de manter unidades em todos os estados da federação, o objetivo do Exército não era formar militares sergipanos, baianos ou pernambucanos, mas militares brasileiros. Para tanto, precisa atingir um nível de uniformidade que muitas vezes leva à eliminação de regionalismos e costumes locais.
Palavras-Chaves: Militares, Resistência, Sergipe.