A formação da identidade nacional a partir do quadrinho A Independência Do Brasil (1972)
Resumo
Recebido: 14/11/2017
Aprovado: 20/12/2017
Publicado: 30/12/2017
Esta comunicação tem por objetivo identificar como a formação da identidade nacional brasileira aparece na história em quadrinho (HQ) A independência do Brasil (1972), lançada pela primeira vez em uma edição pré-comemorativa do sesquicentenário da independência –1822-1972 – pela editora EBAL (Editora Brasil América). A obra narra marcos históricos anteriores à Independência e disserta a respeito de diversas revoltas que fizeram parte da trajetória da nação, dentre elas: A Insurreição Pernambucana, a Guerra dos Emboabas, a Guerra dos Mascates e a Inconfidência Mineira. A obra conta com quadrinização de Pedro Anísio e texto e capa elaborados por Eugênio Colonnese. Por ter sido lançada em um período no qual o país vivenciava uma ditadura civil militar, a publicação em especial é carregada de patriotismo elitista. Tomamos por base as ideias teórico-metodológicas de Benedict Anderson (1991) sobre o nascimento de nação e do nacionalismo. Este autor apresenta os elementos que contribuem para a formação de uma nação, a partir do conceito de Comunidade Imaginada: ideia de união por meio do ensino escolar e da língua. É possível entender, a partir disso, como ocorre a disseminação da ideia de nação, pois o nosso objeto de análise após a sua elaboração e lançamento, é levado para dentro das escolas públicas para auxiliar nas aulas de História. Sendo assim, os resultados obtidos até o momento levam a concluir que a HQ foi um recurso de grande importância para o fortalecimento da ideia de nação e identidade.
Palavras-chave: Disseminação. Histórias em Quadrinhos. Independência. Nação.