Luiza Romão

poesia, memória e ressignificações

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47250/intrell.v43i1.p71-85

Palavras-chave:

Memória e violência. Literatura brasileira contemporânea. Poesia e decolonialidade. Mulher e literatura.

Resumo

Luiza Romão rompe com uma tradição que supervaloriza o pensamento hegemônico e a história oficial em Sangria (2017) e em Também guardamos pedras aqui (2021). Neste artigo, observamos como sua proposta literária se desenvolve em uma (re)criação de memória, em que a literatura representa novo patamar de entendimento: mudam-se o ângulo e as vozes, constroem-se outras significações sobre o passado em um exercício de decolonialidade. Enfocaremos o segundo poemário, no qual, a partir da Ilíada, se imprime novos sentidos a velhos personagens e acontecimentos, relacionando a devastação de Troia à mesma lógica da colonização/ colonialidade que marca a América Latina.

Submissão: 28 jun. 2025 ⊶ Aceite: 20 set. 2025

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Biografia do Autor

Thays Keylla de Albuquerque, Universidade Estadual da Paraíba - UEPB

Professora de Literaturas Hispânicas na Faculdade de Linguística, Letras e Artes (FALLA) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). Doutora em Letras, Teoria da Literatura, pela UFPE (2020).

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Publicado

2025-10-14

Como Citar

ALBUQUERQUE, Thays Keylla de. Luiza Romão: poesia, memória e ressignificações. Interdisciplinar - Revista de Estudos em Língua e Literatura, São Cristóvão-SE, v. 43, n. 1, p. 71–85, 2025. DOI: 10.47250/intrell.v43i1.p71-85. Disponível em: https://periodicos.ufs.br/interdisciplinar/article/view/v43p71. Acesso em: 18 nov. 2025.

Edição

Seção

Estudos comparados: leituras e traduções das subjetividades identitárias