Experiências autoetnográficas na educação literária em língua inglesa
DOI:
https://doi.org/10.47250/intrell.v39i1.p47-64Palabras clave:
Autoetnografia, Educação literária, (De)colonialidades, Língua inglesaResumen
Este artigo problematiza as potencialidades e limitações de aulas, envolvendo a leitura colaborativa de textos literários em inglês produzidos por mulheres de grupos não-hegemônicos. O referencial teórico é constituído por estudos sobre educação literária nas perspectivas decoloniais e colaborativas. A materialidade empírica deste estudo autoetnográfico é construída pelas interações em sala de aula, entrevistas com seis participantes e um diário reflexivo escrito pela professora da turma. As discussões apontaram para a permanência de colonialidades na relação professora e alunas/os, de modo a evidenciar a visão, por parte das/os aprendizes, de professora/professor como a/o detentora/detentor do saber literário.
Descargas
Citas
ANSPACH, S. S. Ensino de literatura: algumas dificuldades e sugestões. Claritas, v. 1, n. 1, p. 49-54, 1994.
ARAÚJO, E. R. de; FIGUEIREDO, F. J. Q. de; LAGO, N. A. do. A colaboração como elemento propulsor da autoestima de aprendizes em aulas de literatura inglesa numa perspectiva da teoria da recepção: um relato de experiência. Leitura, n. 67, p. 99-114, 2020.
BAJOUR, C. Ouvir nas entrelinhas: o valor da escuta nas práticas de leitura. São Paulo: Editora Pulo do Gato, 2012.
BEDEL, O. Collaborative learning through literature circles in EFL. European Journal of Language and Literature Studies, v. 2, n. 3, p. 96-99, 2016.
BORELLI, J. D. V. P. ; PESSOA, R. R. Linguística aplicada e formação de professores: convergências da atuação crítica. In: PESSOA, R. R.; BORELLI, J. D. V. P. Reflexão e crítica na formação de professores de língua estrangeira. Goiânia: Editora da UFG, 2011, p. 15-30.
CARBONIERI, D. Descolonizando o Ensino de Literaturas de Língua Inglesa. In: Jesus, Dánie Marcelo de.; CARBONIEIRI, D. (org.) Práticas de multiletramentos e letramentos críticos: outros sentidos para a sala de aula de línguas. Campinas, SP: Pontes Editores, 2016a. p. 121-143.
CARDOSO, N. Nos lugares acostumados, o desejo: leitura subjetiva e escrita de si como possibilidades de uma educação literária estética e insubmissa. Revista EntreLetras, v. 11, n. 3, p. 103-127, 2020.
CLAIR, R. P. The changing story of ethnography. In: CLAIR, R. P. Expressions of ethnography: Novel approaches to qualitative methods. New York: State University of New York Press, 2003. p. 3-26.
ERICKSON, F. A history of qualitative inquiry in social and educational research. In: DENZIN, N. K.; LINCOLN, Y. S. (ed.). The sage handbook of qualitative research. Thousand Oaks, California: The Sage publications, 2018. p. 87-141.
FESTINO, C. G. Prática de ensino de literaturas em língua inglesa. São Paulo: Editora Sol, 2016.
FIGUEIREDO, F. J. Q. de. A aprendizagem de línguas adicionais: da colaboração à telecolaboração. In: CARREIRA, R. A. R.; OLIVEIRA, W. F. de; ELIAKIM, J. (org.). Discurso em perspectiva. São Paulo: Blucher, 2022. p. 59-92.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
GROSFOGUEL, R. A estrutura do conhecimento nas universidades ocidentalizadas: racismo/sexismo epistêmico e os quatro genocídios/epistemicídios do longo século XVI. Revista Sociedade e Estado, v. 31, n. 1, p. 25-49, 2016.
HILL COLLINS, P. Se perdeu na tradução? Feminismo negro, interseccionalidade e política emancipatória. Parágrafo, v. 5, n. 1, p. 6-17, 2017.
hooks, b. Ensinando a transgredir: a educação como prática da liberdade. Trad. Marcelo Brandão Cipolla. São Paulo: Martins Fontes, 2017.
LAGO, N. A. do. A auto-estima na sala de aula de literaturas em língua inglesa: a compreensão dos alunos. 2007. 311 f. Tese (Doutorado em Letras e Linguística) - Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2007.
LANDER, E. Ciências sociais: saberes coloniais e eurocêntricos. In: LANDER, Edgardo. (org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Buenos Aires: Conselho Latino-americano de Ciências Sociais - CLACSO, 2005. p. 8-23.
MACHADO, R. C. M.; SOARES, I. B. Por um ensino decolonial de literatura. Revista Brasileira de Linguística Aplicada, v. 21, n. 3, p. 981-1005, 2021.
MADISON, D. S. Critical ethnography: Method, ethics and performance. Thousand Oaks, California: Sage Publications, 2005.
MALDONADO-TORRES, N. Analítica da colonialidade e da decolonialidade: algumas dimensões básicas. In: BERNADINO-COSTA, J.; MALDONADO-TORRES, N.; GROSFOGUEL, R. (org.). Decolonialidade e pensamento afrodiaspórico. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2019. p. 9-26.
MÉNDEZ, M. Autoethnography as a research method: Advantages, limitations and criticisms. Colombian Applied Linguistics Journal, v. 15, n. 2, p. 279-287, 2013. Disponível em: http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0123-46412013000200010&lng=en&tlng=en.
NNAEMEKA, O. Feminism, rebellious women, and cultural boundaries: Rereading Flora Nwapa and her compatriots. Research in African Literatures, v. 26, n. 2, p. 80-113, 1995.
PARO, M. C. B. O ensino de literatura estrangeira na universidade: uma experiência pedagógica. Revista Contexturas, n. 3, p. 29-28, 1996.
PENNYCOOK, A. Decolonizing critical applied linguistics. New York, NY: Routledge, 2021.
PEREIRA, F. M. Education and literature: Reflections on social, racial, and gender matters/Educação e literatura: reflexões sobre questões sociais, raciais e de gênero. Salvador: EDUFBA, 2019.
PEREIRA, F. M. A literatura como alternativa para práticas decoloniais no ensino de inglês: um estudo autoetnográfico sobre experiências de uma professora de estágio supervisionado. Investigação Qualitativa em Educação: Avanços e Desafios, v. 2, n.1, p. 69-82, 2020.
PESSOA, R. R.; SILVA, K. A. da; CONTI, C. Praxiologias do Brasil Central: floradas de educação linguística crítica. In: PESSOA, R. R.; SILVA, K. A. da; CONTI, C. (org.). Praxiologias do Brasil Central sobre educação linguística crítica. São Paulo: Pá de Palavra, 2021. p. 15-24.
REZENDE, T. F.; SILVESTRE, V. P. V.; PESSOA, R. R.; SABOTA, B.; ROSA-DA-SILVA, V.; SOUSA, L. P. de Q. Por uma postura decolonial na formação docente e na educação linguística: conversa com Tânia Rezende. Gláuks: Revista de Letras e Artes, v. 20, n. 1, p. 15-27, 2020.
SILVESTRE, V. P. V. Práticas problematizadoras e de(s)coloniais na formação de professores/as de línguas: teorizações construídas em uma experiência com o Pibid. 2016. 239 f. Tese (Doutorado em Letras e Linguística) – Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2016.
SOUSA SANTOS, B. de. Para além do pensamento abissal: das linhas globais a uma ecologia de saberes. Novos Estudos, v. 79, p. 71-74, 2007.
SOUSA SANTOS, B. de. The end of the cognitive empire: The coming of age of epistemologies of the South. Durham: Duke University Press, 2018.
ZYNGIER, S. No “playground” da linguagem. Revista Contexturas, n. 3, p. 11-20, 1996.