Cientistas são mesmo necessários?
Uma continuação autoetnográfica da leitura de Bertold Brecht
DOI :
https://doi.org/10.47250/intrell.v39i1.p29-46Mots-clés :
Diário de leitura de literatura, Autoetnografia e literatura, Autoetnografia de pesquisadorRésumé
A crítica à Ciência, e seus mecanismos de poderes, foi um dos temas centrais na obra A vida de Galileu, de Bertold Brecht. Desde 2019 venho apresentando um trabalho autoetnográfico, em diversas facetas, com a obra A vida de Galileu por meio da construção de diários de leitura. Apresento aqui uma terceira parte dessa investigação autoetnográfica que consiste na construção do diário de leitura que realizei pós-defesa da tese de doutoramento em teoria literária, que, na ocasião, teve foco na experiência de um pesquisador em meio à pandemia da COVID-19 no cenário político brasileiro de 2020-2021, e agora o diário versa sobre a experiência de um pesquisador no exterior, em um mundo que se considera pós-pandemia da COVID-19 e diante das consequências da guerra da Ucrânia.
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