A CONTROVÉRSIA LEIBNIZ E LOCKE SOBRE O CONCEITO DE PESSOA MORAL: UMA INTRODUÇÃO

Autores

  • William de Siqueira Piauí PPGF-UFS

Resumo

Resumo: Como sabemos, G. W. Leibniz (1646-1716) escreve os Novos ensaios em resposta ao Ensaio sobre o entendimento humano do filósofo inglês John Locke (1632-1704), e podemos dizer, com certeza, dadas as suas dimensões e a variedade de assuntos, que em nenhuma outra obra Leibniz trabalha mais exaustivamente a forma do diálogo, muitas vezes explicitando o desacordo profundo entre suas filosofias, daí principalmente seu caráter de controvérsia. O que pretendemos em nossa comunicação é, detalhando certos momentos dialógicos e recuperando certo papel que os conceitos de consciência, substância e mônada são chamados a desempenhar, mostrar como o capítulo XXVII, do livro II, dessas obras, ou seja, o capítulo sobre a identidade e a diversidade, apresenta um de seus momentos mais fundamentais e de maior desacordo ao recuperar, no caso dos Novos ensaios, já se valendo do conceito de mônada humana ou da reforma do conceito de substância, o problema que Leibniz vinha tentando resolver mesmo antes do Discurso de metafísica, conforme ficou registrado na carta ao teólogo luterano o abade Gerhard Wolter Molanus (1633-1722) de 1679, e atingirá, tomando como ponto de partida a argumentação desenvolvida naquele capítulo, sua formulação mais exaustiva e desenvolvida nos Ensaios de teodiceia. Com isso esperamos deixar claro que, tendo resolvido a parte mais importante do problema, ou explicitado aquilo que faz a base do fatum christianum, o capítulo XXVII, l. II, dos Novos ensaios é uma excelente introdução ao que fundamenta os Ensaios de teodiceia.
Palavras-chave: Leibniz; Locke; Identidade; Sujeito; Ética.

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Publicado

2021-11-24

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