QUATRO COISAS QUE DELEUZE APRENDEU DE LEIBNIZ
Edson Peixoto Andrade
Caio Graco Maia
Resumo
A seguir, discutirei quatro pontos doutrinários que considero fundamental para a reavaliação de Deleuze da filosofia de Leibniz na monografia de 1988. São eles: (1) a concepção de objetos como acontecimentos, dobras e forças; (2) a consideração expressionista e perspectivista da subjetividade; (3) a concepção de um inconsciente diferencial; (4) a alegre afirmação do infinito. Na minha discussão destes quatro pontos, argumentarei que a leitura de Deleuze da filosofia de Leibniz como a filosofia “barroca” por excelência pode ser vista como uma alternativa “alegre” à concepção “trágica” do barroco de Walter Benjamin em Origem do drama barroco alemão (1928). Assim, ao longo do que se segue, vou comparar a concepção de Deleuze de uma filosofia “barroca” leibniziana com a famosa interpretação “alegórica” de Benjamin da visão de mundo barroca.