HISTÓRIA DA FILOSOFIA NO BRASIL E FILOSOFIA DO ENSINO DE FILOSOFIA NO BRASIL
Resumo
O ensino da filosofia na história da educação brasileira, de início, adoece de duas condições contraditórias em si mesmas: primeiro, se inicia como uma filosofia da dominação colonial, isto é, além de transplantada, se utiliza para justificar a dominação das culturas dos povos originários do Brasil e dos afrodescendentes; segundo, forma seres humanos alienados de sua realidade, pois os conteúdos filosóficos ensinados pertencem a uma realidade estranha a si mesma. Tal situação, historicamente, será registrada já pelo iniciador da história da filosofia no Brasil, Sylvio Romero, o qual, na sua obra Filosofia no Brasil (1878), acusa tal formação e educação filosófica de “carência de uma genética”. E embora Immanuel Kant (1724-1804) tivesse dito: “Não se ensina filosofia, se ensina a filosofar”, na realidade, ao longo da história da educação brasileira não se fez nenhuma das duas coisas, pois aquilo que, até hoje, passa por ser “Filosofia Brasileira” não é mais que um pensamento carente de originalidade. Essa tomada de consciência, atualmente, tem levado a muitos professores de filosofia tanto a questionar tal situação como a realizar um esforço por muda-la. É nesse contexto que se inscrevem pesquisas como a dos estudos decoloniais e/ou estudos subalternos, tentando superar a colonialidade do poder, do ser e do saber. Pesquisas que tentam superar o que identificam como epistemicídio, eurocentrismo e, em definitiva, a negação do ser humano brasileiro/latino-americano. Autores como Enrique Domingo Dussel, Aníbal Quijano e Boaventura de Souza Santos, cada um na sua especificidade, se inscrevem nessa temática contemporânea. O impacto destes autores na atual prática docente dos professores de filosofia no Brasil se faz sentir através de estudos críticos sobre filosofia indígena, filosofia feminina, filosofia afrodescendente e outras. Atitude admirável que merece ser apoiada e propagada na docência filosófica atual. Nossa humilde comunicação neste Simpósio não pretende outra coisa que essa.
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1. Proposta de Política para Periódicos de Acesso Livre
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