O ANTIFRANCESISMO NO BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.32748/revec.v0i01.3652Resumo
Se revisitarmos a História do Brasil, os franceses estiveram conosco desde os primórdios da nossa colonização, inegavelmente marcaram presença na vida brasileira, ainda que essa participação tenha sido de forma pontual, isto é, no século XIX através da Missão Artística (1816) e no século XX através da fundação da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (1934) em São Paulo. A França Protagonizou um papel de destaque em nossas artes e em nossa formação intelectual e teve, portanto, a sua participação em nossa história. Ao Consultarmos os nossos documentos históricos, percebemos nitidamente a forma ambivalente que os brasileiros sempre reagiram em relação à cultura francesa: ora assimilando-a de forma acrítica, tentando implementá-la em território nacional sem uma reflexão mais profunda da nossa realidade, ora rejeitando-a de uma forma um pouco caricatural, ou seja, desvalorizando completamente o legado deixado pela França ao nosso país. Esse grande debate ideológico que mobilizou políticos e intelectuais, brasileiros e estrangeiros durante mais de um século, polarizou-se em duas correntes: uma adepta ao francesismo e outra, ao antifrancesismo. Em sendo assim, ao estudarmos as origens do antifrancesismo em nosso país, defrontamo-nos com um discurso que paradoxalmente sempre coexistiu com a apologia ao francesismo em suas expressões sociais, culturais, políticas e literárias, mas que, no início no século XX, tomou outros rumos dentro de uma nova configuração internacional.
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