Formas e funções da escola contemporânea: rasuras entre modernidade, pós-modernidade e neoliberalismo

Autores

  • George Saliba Manske Universidade do Vale do Itajai, Itajaí, Santa Catarina, Brasil. http://orcid.org/0000-0003-0117-7927
  • Liliane Geisler Universidade do Vale do Itajai, Itajaí, Santa Catarina, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.20952/revtee.v14i33.16347

Palavras-chave:

Escola, Currículo, Modernidade, Neoliberalismo, Estudos Culturais

Resumo

Este ensaio tem como objetivo problematizar como determinadas práticas escolares são validadas e amparadas para sua existência supondo diferentes discursos econômicos em enunciados que se materializam no cenário da escola e dos escolares. Nessa perspectiva, acreditamos que repensar o espaço escolar com características da modernidade em um cenário pós-moderno é potencializar funções imprescindíveis para continuação da nossa própria existência como instituição pública e coletiva. Partimos do pressuposto de que questionar os discursos potencializados do neoliberalismo na educação, enraizados para o desenvolvimento do progresso econômico e do ultra mercado, no qual interesses e reponsabilidades do Estado se deslocam e se mesclam a partir de ações sociais privadas no espaço escolar com interesses de mercado, passa a ser uma tarefa indispensável. Arguimos as linguagens mercadológicas neoliberais como atuantes nas formas e funções da escola contemporânea, advogando a necessidade de um debate que prime pela educação com base em desenvolvimentos de sujeitos escolares comprometidos com o público e o social.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

George Saliba Manske, Universidade do Vale do Itajai, Itajaí, Santa Catarina, Brasil.

Docente dos cursos de Educação Física e dos Programas de Pós Graduação em Educação (PPGEDU) e Saúde e Gestão do Trabalho (PPGSGT) (UNIVALI)

Liliane Geisler, Universidade do Vale do Itajai, Itajaí, Santa Catarina, Brasil.

Doutoranda em Educação (PPGEDU/UNIVALI)

Professora do curso de graduação em Educação Física (UNINVALI)

ORCID: https://orcid.org/0000-0002-1898-5026

Referências

Arendt, H. (2016). A condição humana. São Paulo: Editora Forense-Universitária.

Ball, S.J. (2006). What is Policy? Texts, trajectories and toolboxes. Discourse: Studies in the Cultural Politics of Education, 13(2), 10-17. https://doi/abs/10.1080/0159630930130203

Ball, S. J. (2014). Globalización, mercantilización y privatización: tendencias internacionales en Educación y Política Educativa. Education Policy Analysis Archives, 22(41), 1-18. https://doi/abs/10.14507/epaa.v22n41.2014

Ball S. J. (2017) Laboring to Relate: Neoliberalism, Embodied Policy, and Network Dynamics. Peabody Journal of Education, 92(1), 29-41. https://doi/full/10.1080/0161956X.2016.1264802

Callegaro, R. (2012). Notas Sobre a Crise Na Educação No Pensamento De Hannah Arendt. Revista Educação E Políticas Em Debate, 1(1), 256-268.

Corazza, S. M. (2007). Composições. Belo Horizonte: Autêntica.

Costa, M. V., Silveira, R. H., & Sommer, L. H. (2003). Estudos culturais, educação e pedagogia. Revista Brasileira de Educação, 23, 36-61. https://doi.org/10.1590/S1413-24782003000200004.

Costa, M. V., & Momo, M. (2009). Sobre a "conveniência" da escola. Revista Brasileira de Educação 14(42), 521-533. https://doi.org/10.1590/S1413-24782009000300009.

Dussel, I. (2017) Sobre a Precariedade da escola. In: Larrosa, J. (Org). Elogio da escola. Tradução de Fernando Coelho. Belo Horizonte: Autêntica Editora.

Hall, S. (2019). A identidade cultural na pós-modernidade. Tradução de Tomaz Tadeu da Silva e Guacira Lopes Louro. Rio de Janeiro: DP&A,

Foucault, M. (2020). História da Sexualidade. Vol. II. O uso dos prazeres. Rio de Janeiro: Paz & terra.

Foucault, M. (2014). A ordem do discurso: aula inaugural no Collége de France, pronunciada em 2 de dezembro de 1970. São Paulo: edições Loyola.

Larrosa, J. (2017). Pedagogia Profana: danças, piruetas e mascaradas. Belo Horizonte: Autêntica Editora.

Larrosa, J. (2002). Notas sobre a experiência e o saber de experiência. Revista Brasileira de Educação, 19, 20-28. https://doi.org/10.1590/S1413-24782002000100003.

Mattelart, A., & Neveu, É. (2004). Introdução aos Estudos Culturais. Tradução de Marcos Marcionilo. São Paulo: Parábola Editorial.

Mendes, C. L., Cardoso, F. A., & Matos, D. A. S. (2019). Currículo e relações de poder: análise de uma reforma curricular para cursos de pedagogia em tempos de conservadorismos. Revista Tempos E Espaços Em Educação, 12(30), 117-138. https://doi.org/10.20952/revtee.v12i30.9376

Moreira, A. F. B. (2012). Apresentação. Moreira, A. F. B.(org). Currículo: questões atuais. Campinas, SP: Papirus.

Moreira, A. F., & Silva Júnior, P. M. da. (2016). Currículo, Transgressão e Diálogo: quando Outras Possibilidades se Tornam Necessárias. Revista Tempos e Espaços em Educação, 9(18), 45-54. https://doi.org/10.20952/revtee.v9i18.4962

Nunes, C. P., Raic, D. F. F., & Souza E. M. F. (2021). Education in the pandemic: questions about teaching work, curriculum and remote teaching. Revista Tempos e Espaços em Educação, 14(33), e16047. https://doi.org/10.20952/revtee.v14i33.16047

Rose, N. (2001). Como se deve fazer a história do eu? Revista Educação & Realidade, 26(1), 1-25.

Silva, T. T. (2007). Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo. Belo Horizonte: Autêntica.

Souza, C. (2006). Políticas públicas: uma revisão da literatura. Sociologias¸16, 20-45. https://doi.org/10.1590/S1517-45222006000200003

YUDICE, G. (2004). A conveniência da cultura: usos da cultural na era global. Tradução de Marie-Anne Kremer. Belo Horizonte: Editora UFMG.

Downloads

Publicado

2021-10-11

Como Citar

Manske, G. S., & Geisler, L. (2021). Formas e funções da escola contemporânea: rasuras entre modernidade, pós-modernidade e neoliberalismo. Revista Tempos E Espaços Em Educação, 14(33), e16347. https://doi.org/10.20952/revtee.v14i33.16347

Edição

Seção

Publicação Contínua