Campanhismo, modelo e função social: o caso da Campanha de Aperfeiçoamento e Difusão do Ensino Secundário CADES (1953-1969)
DOI:
https://doi.org/10.20952/revtee.v16i35.18891Palavras-chave:
Ensino médio. Formação de professores. História da educação. Sociologia da educação., High school. History of education. Teacher training. Sociology of education., Escuela secundaria. Formación de profesores. Historia de la educación. Sociología de la educación.Resumo
O texto do artigo a seguir reflete sobre o fenômeno do campanhismo no Brasil, empregando como paradigma do campo educacional a Campanha de Aperfeiçoamento e Difusão do Ensino Secundário (CADES) entre os anos de 1953-1969, resultado da pesquisa a respeito do tema, utiliza-se da análise de fontes documentais dessa campanha, textos historiográficos, sociológicos e dados do IBGE. O presente texto examina o modelo e a função das campanhas num mapa cognitivo característico do período da Guerra Fria, do desenvolvimentismo e do governo militarizado desde o golpe de 1964 na formação de professores para o ensino secundário no Brasil. Aponta igualmente que o modelo do campanhismo se adapta ao mapa cognitivo de forma a ser uma expressão do tempo, e a CADES como uma materialização de uma política pública para a formação emergencial de professores do ensino secundário de forma exemplar dentro do modelo.
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