Iniciação científica na educação básica: a construção da autonomia de jovens no ensino fundamental anos finais
DOI:
https://doi.org/10.20952/revtee.v17i36.20691Palavras-chave:
Ciência para vida. Empoderamento. Metodologias AtivasResumo
O presente artigo, de abordagem qualitativa, é resultado de uma dissertação de mestrado e lança olhares sobre a formação de jovens estudantes da educação básica. O objetivo deste estudo buscou analisar contribuições da pedagogia de projetos científicos na construção da autonomia dos estudantes do Ensino Fundamental da Rede de Ensino do Recife. O estudo toma como referência pressupostos das chamadas metodologias ativas, dialogando sobre o trabalho com projetos como estratégia de ensino que se opõe à desarticulação disciplinar e modelos ultrapassados de transmissão e memorização. Tendo como base os princípios da fenomenologia e hermenêutica, os quais orientam a análise dos dados obtidos em campo, através da técnica de grupo focal, foram ouvidas as vozes dos sujeitos, adolescentes entre 15 e 17 anos, que participaram ativamente dos projetos de iniciação científica ainda no Ensino Fundamental. Os resultados revelaram que, para os(as) adolescentes, o mais importante foi o processo, não apenas os resultados concretos das vivências. Para eles e elas, a participação foi fundamental para adquirir novos conhecimentos, mas também para se perceberem como pessoas importantes e pesquisadores(as), denotando que a ciência não está distante da realidade vivida. Essa condição não exige laboratórios sofisticados ou aparatos técnicos típicos do modelo científico positivista, mas condições para que estudantes, professores e professoras tenham oportunidades de criar novas práticas pedagógicas dentro do ambiente escolar. A autonomia criada pela participação nos projetos de iniciação científica, ainda que atrelada às circunstâncias do meio, despertou neles e nelas elevada autoestima e reconhecimento de suas reais potencialidades.
Downloads
Referências
Adichie, C. N. (2017). Para educar crianças feministas - Um manifesto. Rio de Janeiro: Companhia Das Letras.
Alves, R. A. (2015a). Entre a ciência e a sapiência: o dilema da educação. Ipiranga: Edições Loyola.
Alves, R. (2015b). Filosofia da ciência: introdução ao jogo e a suas regras. Ipiranga: Edições Loyola.
Bacich, L., & Moran, J. (2018). Metodologias ativas para uma educação inovadora: uma abordagem teórico-prática. Porto Alegre: Penso.
Brandão, C. R., & Borges, M. C. (2007). A pesquisa participante: um momento da educação popular. Revista de Educação Popular, 6(1), 51-62.
Demo, P. (2015). Educar Pela Pesquisa. Campinas: Editora Autores Associados.
Demo, P. (2013). Metodologia da investigação em educação. Curitiba: InterSaberes.
Dewey, J. (1979a). Experiência e educação. São Paulo: Editora Nacional.
Dewey, J. (1979b). Democracia e educação: introdução à filosofia da educação. São Paulo: Editora Nacional.
Faria, A. A. da C., Ferreira Neto, P. S. (2006). Ferramentas do diálogo - qualificando o uso das técnicas do DRP: diagnóstico rural participativo. MMA, IEB.
Freire, P. (2020a). Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra.
Freire, P. (2020b). Pedagogia do oprimido. São Paulo: Paz E Terra.
Galiazzi, M. do C. (2022). Análise Textual Discursiva: uma ampliação de horizontes. Unijuí: Editora Unijuí.
Gatti, B. A. (2005). Grupo focal na pesquisa em ciências sociais e humanas. Campinas: Líber Livro.
Gonsalves, E. P. (2018). Conversas sobre iniciação à pesquisa científica. Campinas: Editora Alínea.
Hernández, F. (1998). Transgressão e mudança na educação: os projetos de trabalho. Porto Alegre: Editora Artmed.
Hernández, F., & Ventura, M. (2017). A Organização do Currículo por Projetos de Trabalho: o conhecimento é um caleidoscópio. Porto Alegre: Penso Editora.
Kilpatrick, W. H. (2020). Educação para uma sociedade em transformação. Petrópolis: Editora Vozes.
Minayo, M. C. de S. (2014). O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. São Paulo: Editora Hucitec.
Moraes, M. C. (2015). Transdisciplinaridade, criatividade e educação: Fundamentos ontológicos e epistemológicos. Campinas: Editora Papirus.
Moraes, R., & Galiazzi, M. do C. (2016). Análise textual discursiva. Unijuí Editora Unijuí.
Moran, J. (2015) Mudando a educação com metodologias ativas. In: Souza, C. A.; &
Morales, O. E. T. (Org.), Convergências midiáticas, educação e cidadania:
aproximações jovens. Ponta Grossa: Editora UEPG, 15-33. https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4941832/mod_resource/content/1/Artigo-Moran.pdf.
Morin, E. (2011a). Introdução ao pensamento complexo. Porto Alegre: Editora Sulina.
Morin, E. (2011b). Os sete saberes necessários à educação do futuro. Perdizes: Editora Cortez.
Morin, E. (2013). Ciência com consciência. Rio de Janeiro: Editora Bertrand Brasil.
Papalia, D. E., & Feldman, R. D. (2013). Desenvolvimento humano. Porto Alegre: Editora Amgh.
Recife. Secretaria de Educação. (2016). Manual de Orientações Pedagógicas. Secretaria de Educação.
Recife. Secretaria de Educação. (2022). Política de Ensino da Rede Municipal do Recife: ensino fundamental do 1º ao 9º ano. Secretaria de Educação. http://www.recife.pe.gov.br/efaerpaulofreire/politica-de-Ensino.
Silva, A. R., & Marcelino, V. de S. (Org.), (2022). Análise Textual Discursiva (ATD): teoria na prática. Campos dos Goytacazes: Encontrografia Editora. DOI: https://doi.org/10.52695/978-65-88977-79-8
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Revista Tempos e Espaços em Educação
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
À Revista Tempos e Espaços em Educação ficam reservados os direitos autorais pertinentes a todos os artigos nela publicados. A Revista Tempos e Espaços em Educação utiliza a licença https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ (CC BY), que permite o compartilhamento do artigo com o reconhecimento da autoria.