Por um currículo vitalício feito com/de corpos queer

Autores

  • Danilo Araújo de Oliveira Universidade Federal do Maranhão, Codó, Maranhão, Brasil.
  • Anderson Ferrari Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, Minas Gerais, Brasil.
  • Paula Regina Costa Ribeiro Universidade Federal do Rio Grande, Rio Grande, Rio Grande do Sul, Brasil.
  • Marcos Lopes de Souza Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Jequié, Bahia, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.20952/revtee.v18i37.22555

Palavras-chave:

Corpos. Queer. Currículo.

Resumo

Este artigo mobiliza uma experiência acontecida em um estágio supervisionado em Ensino de História mediada pela presença de corpos queer. A narrativa dessa experiência fez disparar em nós três questionamentos que exploramos ao longo do texto: (1) O que pode corpos queer na sala de aula de formação de professores e professoras? (2) Um corpo que parece saber em quais lugares sua vida pode ser vivível tem como negociar sua existência nas esferas do reconhecimento e com quem pode fazer alianças? (3) É possível ampliar os espaços seguros e minimizar as ameaças às vidas queer nos currículos escolares da educação básica também? Desenvolvemos o argumento de que os corpos queer no currículo não apenas mexem nos ordenamentos da norma, mas instauram uma epistemologia outra que propõe encontros, composições e afetos para a constituição de um currículo vitalício feito com/de corpos queer.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Adichie, C. N. (2029). O perigo de uma história única. São Paulo: Companhia das Letras.

Albuquerque Júnior, D. M. (2023). O corpo docente e o corpo discente: o ensino e a aprendizagem como práticas que envolvem e implicam as carnes e não apenas mentes desencarnadas e incorpóreas. In: Gabriel, C. T. Aprendizagem e avaliação da história na escola: questões epistemológicas. Rio de Janeiro: Mauad X, 19-35.

Butler, J. (2018). Corpos em aliança e a política das ruas: notas para uma teoria performativa de assembleia. Rio de Janeiro: Editora José Olympio.

Butler, J. (2019). Corpos que importam: os limites discursivos do “sexo”. São Paulo: N-1 edições.

Cairns, R. (2021). Recognizing, reproducing and resisting West as method discourse: An analysis of senior secondary Asia-related history curriculum enactment. Journal of Curriculum and Pedagogy, 18(1), 21-44. DOI: https://doi.org/10.1080/15505170.2020.1764413

Enes, E. N. S., & Bicalho, M. G. P. (2014). Desterritorialização/reterritorialização: processos vivenciados por professoras de uma escola de Educação Especial no contexto da educação inclusiva. Educação em Revista, 30, 189-214. DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-46982014000100008

Foucault, M. (1988). A história da sexualidade I: a vontade de saber. Rio de Janeiro: Edições Graal.

Foucault, M. (2010). Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Edições Graal.

Henning, P. C. (2009). Educação e Inclusão: garantia de direitos na modernidade líquida. Educação e Realidade, 34(33), 177-190.

Jenkins, K. (2017). A história repensada. São Paulo: Contexto.

Larrosa, J. (2002). Notas sobre a experiência e o saber de experiência. Revista Brasileira de Educação, 19, 20-28. DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-24782002000100003

Larrosa, J. (2002). Literatura, experiência e formação. Uma entrevista de Jorge Larrosa. In: Costa, M. V. Caminhos investigativos: novos olhares na pesquisa em educação. Rio de Janeiro: DP&A, 133-160.

Larrosa, J. (2018). Tremores: escritos sobre experiência. Belo Horizonte: Autêntica Editora.

Magalhães, J. C., & Ribeiro, P. R. C. (2019). Saberes e (in)visibilidades dos corpos trans nos espaços educativos. Ensino Em Re-Vista, 26(1), 121-146. DOI: https://doi.org/10.14393/ER-v26n1a2019-6

Meyer, D. E. E., & Soares, R. F. (2005). Modos de ver e de se movimentar pelos “caminhos” da pesquisa pós-estruturalista em Educação: o que podemos aprender com – e a partir de – um filme. In: Costa, M. V., & Bujes, M. I. E. (Org). Caminhos investigativos III: riscos e possibilidades de pesquisar nas fronteiras. Rio de Janeiro: DP&A, 20-44.

Oliveira, D. A., Ferrari, A., Souza, M. L., & Ribeiro, P. R. C. (2023). Sobre o queer podemos pesquisar em currículo e educação?: notas sobre expansões, obstáculos e imaginações. DOXA: Revista Brasileira de Psicologia e Educação, 24(1), e023011. DOI: https://doi.org/10.30715/doxa.v24iesp.1.18178

Paraíso, M. A. (2010). Diferença no currículo. Cadernos de pesquisa, 40(140), 587-604. DOI: https://doi.org/10.1590/S0100-15742010000200014

Peixoto, L. F. (2013). Currículos e provocações queer. In: Seminário Internacional Fazendo Gênero: Desafios Atuais do Feminismo, 10, 2013, Florianópolis. Anais eletrônicos [...]. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, 1-9.

Scott, J. (1995). Gênero: uma categoria útil para a análise histórica. Educação & Realidade, 20(2), 71-99.

Downloads

Publicado

2025-02-16

Como Citar

Oliveira, D. A. de, Ferrari, A., Ribeiro, P. R. C., & Souza, M. L. de. (2025). Por um currículo vitalício feito com/de corpos queer. Revista Tempos E Espaços Em Educação, 18(37), e22555. https://doi.org/10.20952/revtee.v18i37.22555

Edição

Seção

Publicação Contínua