Por um currículo vitalício feito com/de corpos queer
DOI:
https://doi.org/10.20952/revtee.v18i37.22555Palavras-chave:
Corpos. Queer. Currículo.Resumo
Este artigo mobiliza uma experiência acontecida em um estágio supervisionado em Ensino de História mediada pela presença de corpos queer. A narrativa dessa experiência fez disparar em nós três questionamentos que exploramos ao longo do texto: (1) O que pode corpos queer na sala de aula de formação de professores e professoras? (2) Um corpo que parece saber em quais lugares sua vida pode ser vivível tem como negociar sua existência nas esferas do reconhecimento e com quem pode fazer alianças? (3) É possível ampliar os espaços seguros e minimizar as ameaças às vidas queer nos currículos escolares da educação básica também? Desenvolvemos o argumento de que os corpos queer no currículo não apenas mexem nos ordenamentos da norma, mas instauram uma epistemologia outra que propõe encontros, composições e afetos para a constituição de um currículo vitalício feito com/de corpos queer.
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