ESCOLA E SURDEZ: O QUE DIZEM PROFESSORES E PAIS A RESPEITO?
DOI:
https://doi.org/10.20952/revtee.v11i24.6647Resumo
Em virtude ao enredamento que cerca a escolarização de surdos, a pesquisa teve como objetivo, levantar os espaços e funções da escrita no contexto familiar e escolar de crianças/alunos surdos, em processo de alfabetização, na tentativa de reconhecer como e para que usam a escrita. A partir da questão central da pesquisa, foi necessário focalizar o contexto escolar, as interações e o desempenho na língua portuguesa de aprendizes surdos, buscando os dados regulares e os singulares manifestados pelos sujeitos envolvidos. Dessa maneira, foi possível constatar que nem os pais nem os professores usam a língua de sinais para interagir com os surdos, gerando interações linguísticas restritas e pouco efetivas. Outro aspecto importante deste estudo se situa na grande dificuldade e insegurança dos professores em trabalhar com alunos surdos: os profissionais, muitas vezes, relatam terem dúvidas se realmente estão conseguindo ensinar e se o surdo realmente está aprendendo. O que se apreende desse estudo é que a voz dos familiares, assim como do professor é fundamental para que algo possa ser pensado e/ou repensado em relação à escolarização desses sujeitos.
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