A RESISTÊNCIA DO CORPO

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.20952/revtee.v12i28.10164

Resumen

Este ensaio teórico propõe um conjunto de reflexões críticas sobre a educação física enquanto disciplina, através uma leitura das formas com as quais ela age sobre os corpos conforme aos projetos políticos e socioeconômicos que a sustentam. Legitimado por dispositivos institucionais, como por exemplo a escola, esta prática tem o poder de controlar, normalizar, determinar os corpos, reproduzindo modelos funcionais ao sistema socioeconômico. Através das práticas de saber e poder da educação física sobre o corpo, ocorre uma de-subjetivação, dentro da qual condutas, comportamentos e hábitos acabam sendo naturalizados. Ao longo do texto são apresentadas algumas pistas teóricas para tentar desmascarar os assuntos ideológicos que determinam a disciplina educação física, e ao mesmo tempo para repensá-la como campo de resistência aos dispositivos normalizadores, a partir do paradigma antropológico da incorporação.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Antonio Donato, Universidade de Padova - Itália

doutorando em Ciências Pedagógicas, da Educação e da Formação no Departamento de Filosofia, Sociologia, Pedagogia e Psicologia Aplicada (FISPPA) da Universidade de Padova, estuda os processos de subjetivação ligados às práticas do corpo e desenvolvendo o conceito de corpo ecológico.

Leonardo Tonelli, Associação Leib Cidade, Itália.

Mestre em Saúde Coletiva pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), graduado em Educação física com Especialização em Ciência e técnicas de atividade motora preventiva e adaptada pela Universidade de Bolonha (UNIBO). Colabora com o Observatório Saúde em Movimento (UFRGS) e atua na Associação Leib.

Citas

ABBERLEY, P. (1987). The Concept of Oppression and the development of a Social Theory of Disability. In Disability & Society, 2 (1), pp. 5-19, Routledge, New York, London.

BORDIEU, P. (2005). Controfuochi: argomenti per resistere all'invasione neo-liberista, Reset, Milano.

BORDIEU, P. (1978). Sport and social class. In Social Science Information, 17(6), pp.819-840.

BRACHT, V. (1999). A constituição das teorias Pedagógicas da Educação Física. In Caderno Cedes, ano XIX, Nº 48, pp.69 -88.

BUTLER, J. (1990) Gender Trouble: Feminism and the Subversion of Identity. Routledge, New York, London

CAMPBELL, F.K. (2001). Inciting Legal Fictions: Disability’s Date with Ontology and the Ableist Body of Law, In Griffith Law Review, 10, pp. 42-62.

CSORDAS, T. J. (1990). Embodiment as a Paradigm for Antropology. In Ethos. Jornal of the Society for Psychological Antropology, vol 18, n.1, pp. 5-47,

COLETIVO DE AUTORES (1992). Metodologia do ensino de educação Fisica, Cotez Editoria, São Paulo.

DAOLIO, J. (2004). Educação física e o conceito de cultura. Campinas, Autores Associados, São Paulo.

DE MENNATO, P. (2004). Le intelligenze del corpo. Un’epistemologia costruttivista dell’educazione motoria. In AA.VV. Pedagogia ed educazione motoria, Guerini Associati, Milano. pp. 177- 209

ERICKSON, F. (1993). Transformation and School Success: The Politics and Culture of Educational Achievement, In JACOB E.; JORDAN, C. Minority Education: Anthropological Perspective, Norwood, Ablex Publishing Corporation, New Jersey.

FOUCAULT, M. (1975). Surveiller et punir. Gallimard, Paris.

FOUCAULT, M. (2010) Il potere psichiatrico. Corso al Collège de France (1973-1974), Feltrinelli Editore, Milano.

GIROUX, H.A. & McLAREN P. (eds.) 1994, Between Borders. Pedagogy and the Politics of Cultural Studies. Routledge, New York, London.

GROSSBERG, L. (1994), Bringin’ It all Black Home – Pedagogy and Cultural Studies, in Giroux, H.A. & McLaren P. (eds.) 1994, Between Borders. Pedagogy and the Politics of Cultural Studies. Routledge, New York, London.

KIRK, D. (1998) Schooling Bodies: School Practice and Public Discourse 1880-1950. Leicester University Press, London.

MARIANI, A. (2000).Foucault: per una genealogia dell’educazione, Liquori Editori, Napoli.

MARLEAU-PONTY, M. (1945) Phénoménologie de la perception, Gallimard, Paris.

McCARTHY, C. MICHAEL GIARDINA, SUSAN JUANITA HAREWOOD, and JIN-KYUNG PARK (2003) Afterword: Contesting Culture: Identity and Curriculum Dilemmas in the Age of Globalization, Postcolonialism, and Multiplicity. Harvard Educational Review: September 2003, Vol. 73, No. 3, pp. 449-465.

McLAREN, P. (1989). Life in schools. An introduction to Critical Pedagogy in the Foundations of Education, Longman, New York.

MELLINO, M. (2005). La critica postcoloniale. Decolonizzazione, capitalismo e cosmopolitimo nei postcolonial studies. Meltemi, Roma.

OLIVER, M. (1990). The politics of Disablement, Macmillan, Basingstoke.

ONG, A. (1987). Spirits of Resistence and Capitalist Discipline, Factory Woman in Malaysia. State University of New York Press, Albany,.

PROUT, A. (1989). Sickness as a Dominant Symbol in Life Course Transitions. An illustrated Theoretical Frameworh. In Sociology of Health and Illness, 11 (4), pp. 336-59.

REES, R. & MIRACLE, A. (2000). Udcation and sports. In J.J. Coakley, E. DUNNING (a cura), Handbook of Sports Studies,Lowkm, Sage.

ROSE, N. (1996). Inventing our selves. Psychology, power, and personhood. University Press, Cambridge.

ROSE, N. (2003) The Neurochemical Self and its anomalies. In Ericson, R. (Ed.) Risk and Mortality, Pp. 407-437. University of Toronto Press, Toronto.

ROSE, N. (2007) The Politics of Life Itself. Biomedicine Power, and Subjectivity in the Twenty-First Century, Princeton University Press.

WACQUANT, L., (2003). La fabrique de la cogne. Capital corporel et travail corporel chez les boxeurs professionnels, Quasimodo, n. 7, pp. 181-201.

Publicado

2019-01-01

Cómo citar

Donato, A., & Tonelli, L. (2019). A RESISTÊNCIA DO CORPO. Revista Tempos E Espaços Em Educação, 12(28), 49–62. https://doi.org/10.20952/revtee.v12i28.10164

Número

Sección

Número Temático: O que pode um corpo: perspectivas sobre a corporalidade na transmissão de práticas e saberes

Artículos más leídos del mismo autor/a