A Política externa do Paraguai e a vigência atual de suas principais condicionantes históricas. Um balanço de Lugo a Cartes
DOI:
https://doi.org/10.33662/ctp.v0i24.5663Resumo
Recebido: 01/04/2016
Aprovado: 07/04/2016
Publicado: 10/07/2016
Resumo: Historicamente, três foram os condicionamentos básicos da Política Exterior do Paraguai: Primeiramente, a forte presença dos Estados Unidos na América Sul, que terminava por limitar a autonomia de todos os países da região; Em seguida, a posição geopolítica paraguaia que impôs ao País forte submissão aos seus vizinhos, os quais, ao contrário do Paraguai, possuíam saída para o mar; e, por último, um traço peculiar doméstico referente à sua cultura política, profundamente assinalada por autoritarismo e golpismo. O objetivo do presente capítulo é explorar o Estado da Arte da Política Exterior do Paraguai, através dos fatos noticiados pelo Informe Paraguai de Política Externa – que compõe o Observatório de Política Exterior – , perguntando-nos em que medida as condicionantes históricas sintetizadas no primeiro parágrafo refletem o delineamento da política externa daquele Estado, na atualidade. Recortamos especificamente as relações com os Estados Unidos, o peso daquelas sobre as limitações da agenda paraguaia para com a América do Sul e para com parceiros essenciais, como o Brasil. Depois de traçar as condicionantes históricas que serão testadas quanto a sua permanência, buscaremos analisar conjunturalmente a política externa dos governos de Lugo a Cartes, no intuito de ressaltar continuidades e mudanças, bem como os fatores a elas associados.
Palavras-chave: Paraguai; Política Exterior; Estados Unidos; América do Sul.