OS NOVOS MOVIMENTOS ECLESIAIS E A ÉTICA FAMILIAR CATÓLICA: UMA NOVA CRISTANDADE?
DOI:
https://doi.org/10.21669/tomo.v0i14.499Resumo
Desde antes do Concílio Vaticano II esboçou-se mudança significativa na Igreja Católica, que se refletiu, fortemente, no Brasil. Ela ocorreu com o surgimento dos Novos Movimentos Eclesiais (NME), fortalecidos, especialmente, no período pós-conciliar. Desde a eleição de João Paulo II e da guinada conservadora dessa Igreja, passam a desempenhar papel mais importante, destacando-se, no Brasil e na América Latina, entre eles, a Renovação Carismática (RCC), especialmente após certo refluxo das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs). Isso se conjugou com a nomeação de novos bispos, visceralmente unidos ao papa e mais voltados para uma ação espiritual, alguns dos quais implementaram forma de evangelização que pode ser pensada como tendente à criação de uma nova cristandade. Este trabalho analisa o papel dos NMEs - tomando como exemplos a RCC, o Movimento dos Focolares e o Encontro de Casais com Cristo (ECC) - nesse esforço de afirmação de valores morais ligados à família tradicional, pensada dentro de certo ideal cristão conservador e tradicionalista. E também de práticas disciplinares como o celibato clerical, a não ordenação de mulheres e a limitação do papel dos leigos na colaboração que exercem no tocante ao ministério sacerdotal.Downloads
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