Os Dirigentes Da Cultura: a Elite da Política Cultural na Era Weffort

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21669/tomo.vi40.16034

Palavras-chave:

Elite, Política cultural, Governo

Resumo

O artigo investiga a lógica de nomeação da elite dirigente do Ministério da Cultura durante a gestão do ministro Francisco Weffort nos governos de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), com o objetivo de entender como a montagem do gabinete se relacionou com o campo político, em um período de alto grau de fragmentação partidária e cultural. Como ferramenta metodológica, se constituiu um banco de dados biográficos sobre os agentes. O trabalho concluiu que se tratava de pessoas cujas trajetórias e distintas competências correspondiam aos cargos ocupados, trunfos que se combinaram com relações pessoais e/ou partidárias, distinguindo-os do burocrata e do político.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Alexandre Almeida Barbalho, Universidade Estadual do Ceará (UFC)

Professor adjunto do curso de História e professor permanente dos PPGs em Sociologia e em Políticas Públicas da UECE e em Comunicação da UFC. 

Referências

Amorim Neto, O. Gabinetes presidenciais, ciclos eleitorais e disciplina legislativa no Brasil. Dados, Rio de Janeiro, v.43, n.3, 2000, p. 479-519.

_____. Ação de gabinetes presidenciais no Brasil: coalizão versus cooptação. Nova Economia, Belo Horizonte, v. 4, n. 1, nov. 1994, p. 09-34.

Barbalho, Alexandre. Ligações entre trajetórias intelectuais e políticas. O “Caso Weffort”. Revista de Ciências Sociais, v.4, n. 2, 2021, p. 399-429.

_____. A política cultural segundo Celso Furtado. In: Barbalho, Alexandre et al(org). Cultura e Desenvolvimento: perspectivas políticas e econômicas. Salvador: UFBA, 2011. p. 107-128.

Borges, A; Coêlho, D. O preenchimento de cargos da burocracia pública federal no presidencialismo de coalizão brasileiro: análise comparada de dois ministérios - Ciência e Tecnologia e Integração Nacional. In: Lopez, F. (org). Cargos de confiança no presidencialismo de coalizão brasileiro. Brasília: IPEA, 2015. p. 71-106.

Bourdieu, P. Sur l’État. Paris: Seuil, 2012.

Bresser-Pereira, L. C. Burocracia pública e classes dirigentes no Brasil. Sociol. Polít., Curitiba, 28, jun. 2007, p. 9-30.

Brasil. Presidência da República. Decreto nº 3.049/99. Aprova a Estrutura Regimental e o Quadro Demonstrativo dos Cargos em Comissão e Funções Gratificadas do Ministério da Cultura, e dá outras providências. Disponível em: https://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/110077/decreto-3049-99. Acesso em: 31 mar. 2021.

_____. Decreto nº 1.673/95. Aprova a Estrutura Regimental e o Quadro Demonstrativo dos Cargos em Comissão e Funções Gratificadas do Ministério da Cultura, e dá outras providências. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1995/D1673.htm. Acesso em: 31 mar. 2021.

_____. Decreto nº 91.144/86. Cria o Ministério da Cultura e dispõe sobre a estrutura, transferindo-lhe os órgãos que menciona, e dá outras providências. Disponível em https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/19801989/D91144impressao.htm. Acesso em: 20 mar. 2021.

Cardoso, F. H. A arte da política. A história que vivi. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006.Cavalcante, P.; Caralho, P. Profissionalização da burocracia federal brasileira (1995-2014): avanços e dilemas. Revista de administração pública, Rio de Janeiro v. 5, n. 1, jan-fev, 2017, p. 01-26.

Costa, F. L. da. A nova elite dirigente e a modernização da administração pública. Aparelhamento, renovação ou corporativismo. Desigualdade & Diversi-dade, Dossiê Especial, 2011, p. 107-118.

D’Araújo, M. C. de. A elite dirigente do governo Lula. Rio de Janeiro: FGV, 2009.

Demier, F. Do movimento operário para a universidade: Leon Trotsky e os estudos sobre o populismo brasileiro. Niterói. Dissertação (Mestrado em História), Universidade Federal Fluminense, 2008.

Denord, F.; Palmer, M.; Réau, B. Introduction. In Denord, F.; Palmer, M.; Réau, B. (ed). Researching Elites and Power. Theory, Methods, Analyses. Cham: Springer, 2020, p. 01-16.

Ferron, F. M. O primeiro fim do MinC. São Paulo. Dissertação (Mestrado em Estudos Culturais) Universidade de São Paulo, 2017.

Fonseca, M. C. L. O patrimônio em processo. Trajetória da política federal de preservação no Brasil. Rio de Janeiro: UFRJ, 1997.

Gustavsson M.; Melldahl, A. The Social Closure of the Cultural Elite. The Case of Artists in Sweden, 1945–2004. In: Denord, F.; Palmer, M.; Réau, B. (ed). Re-searching Elites and Power. Theory, Methods, Analyses. Cham: Springer, 2020, p. 223-240.

Loureiro, M. R.; Abrucio, F.; Rosa, C. Radiografia da alta burocracia federal brasileira: o caso do Ministério da Fazenda. Revista do Serviço Público, n. 4, Out-Dez 1998, p. 46-82.

Lunding, J.; Ellersgarrd, C.; Larsen, A. The Craft of Elite Prosopography. In Denord, F.; Palmer, M.; Réau, B. Researching Elites and Power. Theory, Methods, Analyses. Cham: Springer, 2020, p. 57-70.

Maranhão, C. Roberto Civita: o dono da banca. São Paulo: Cia das letras, 2016.

Mendes, H. M. O palco de Collor. A precarização da política cultural no governo de Fernando Collor. Rio de Janeiro: Multifoco, 2015.

Mills, C. W. La élite del poder. Cidade do México: Fondo de Cultura Economica, 1989.

Pacheco, R. Mudanças no perfil dos dirigentes públicos no Brasil e desenvol-vimento de competências de direção. In: VII Congreso Internacional del CLAD sobre la Reforma del Estado y de la Administración Pública. Anais... Lisboa, 2002.

Pereira, C. et al. A nomeação de secretários-executivos e o monitoramento da coalizão no presidencialismo brasileiro. In: LOPEZ, F. (org). Cargos de con-fiança no presidencialismo de coalizão brasileiro. Brasília: IPEA, 2015, p. 139-164.

Perissinotto, R. As elites políticas: questões de teoria e método. Curitiba: Intersaberes, 2009.

Santos, L. Burocracia profissional e a livre nomeação para cargos de confiança no Brasil e nos EUA. Revista do Serviço Público, Brasília, n. 60, v. 1, Jan/Mar 2009, p. 05-28.

Publicado

2022-01-09

Como Citar

Barbalho, A. A. (2022). Os Dirigentes Da Cultura: a Elite da Política Cultural na Era Weffort. Revista TOMO, (40), 451. https://doi.org/10.21669/tomo.vi40.16034

Edição

Seção

Artigos Livres

Artigos Semelhantes

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.