n. 3 (2012): Travessias Interativas ➭ jan-jun/2012

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LITERATURA, LINGUAGENS E EDUCAÇÃO: PERSPECTIVAS PÓS-MODERNAS

Chegamos ao terceiro volume da revista Travessias Interativas, depois de todo o esforço de nosso corpo editorial em selecionar os textos, primando pela qualidade e pela pertinência das propostas submetidas. Este terceiro volume sela um ano do surgimento da revista, que agora deixa de ser multidisciplinar e passa a ser de Letras, o que nos permitirá maior especificidade e concentração de abordagens temáticas.

Neste volume, houve alterações em nosso corpo editorial, que, pela necessidade, ganhou dois novos membros: Prof. Dr. Antônio Donizeti Pires (UNESP/Araraquara) e Profa. Dra. Milca Tscherne (UNIESP/Ribeirão Preto). Não posso deixar de expressar meu contentamento em ter como integrante desta comissão o professor Antônio, que, além de pesquisador brilhante, é amigo já de longa jornada, dentro e fora das trilhas acadêmicas. Obrigado pelo aceite de ambos! Igualmente agradecemos ao Prof. Silas Gutierrez pelo auxílio prestado nestes três volumes.

A partir do segundo volume, a revista agregou nova sessão, intitulada Autor Convidado, que divulga artigo ou entrevista com autores de obras literárias. Neste terceiro, inauguramos uma terceira sessão, que publica Resenhas de obras publicadas nos últimos cinco anos. Tais propostas sinalizam maior prestígio e necessidade de crescimento no âmbito da pesquisa científica, conforme atestam os inúmeros acessos realizados.

Abrindo o volume, em Autor Convidado, apresentamos uma entrevista com o poeta contemporâneo e grande amigo Alexei Bueno. Atuante na crítica e na produção literária, Alexei teve destaque em várias publicações, das quais podemos ressaltar, entre tantas outras obras poéticas, os livros As escadas da torre (1984), Poemas gregos (1985), A juventude dos deuses (1996), Entusiasmo (1997) e As desaparições (2009).

Em seguida, aparecem cinco artigos que exploram, de algum modo, o universo das linguagens, das literaturas e da educação em suas manifestações contemporâneas. O primeiro artigo, intitulado “Teatro moderno: a peça de um só ato e o diálogo dramático num monólogo polifônico português”, de Milca Tscherne (UNIESP/Ribeirão Preto), informa o modo como o drama contemporâneo de um só ato despoja-se de elementos da tradição dramática; a autora se vale do monólogo dramático A lei é a lei (1977), do escritor português Luiz Francisco Rebello. Na sequência, o artigo de Valéria Castrequini (UNIESP/Ribeirão Preto) – “Interdisciplinaridade: teoria e prática” – repensa o conceito de “interdisciplinaridade”, associando-o diretamente à prática pedagógica em cursos de licenciatura, com enfoque no curso de Letras. O terceiro artigo, de Raquel Bevilaqua (UFSM) e Jacira Miolo Leal (UNIFRA), aborda “O documentário como ferramenta de ensino em uma turma de PROEJA: comunicação e cidadania”; no texto, as autoras discutem, com embasamento prático, o letramento de jovens e adultos no ensino fundamental. Em “A criatividade no ensino de línguas na formação superior”, Beatriz Pereira de Santana (FMU), Ernestina de Lourdes C. Frigelg (UPM) e Silza Maria Librelon Raia (FATEC/SP) trazem uma discussão pertinente à prática do ensino de línguas nos cursos de nível superior, com destaque à criatividade e ao multiculturalismo. Por último, temos o artigo de Maria Francisca Valiente (CPTL/UFMS) e Margarida Xisto da Silva Soares (CPTL/UFMS) – “As relações de poder/saber no documento: carta de apresentação do SAEMS – 2011” –, que traz uma análise crítica do documento oficial: carta de apresentação do Manual do Professor Aplicador do Sistema de Avaliação da Educação da Rede Pública de Mato Grosso do Sul (SAEMS) – 2011, investigando relações de poder e saber.

Na terceira parte da revista, aparecem três resenhas de obras literárias, sendo a primeira referente à obra O dom do crime (Marco Lucchesi – 2010), produzida por Alexandre de Melo Andrade (UNIESP/Ribeirão Preto); a segunda, sobre a obra As desaparições (Alexei Bueno – 2009), por Carlos Eduardo Marcos Bonfá (UNICAMP); e a terceira, sobre a obra Com certeza tenho amor (Marina Colasanti – 2009), por Raphaela Magalhães Portella Henriques (UNIESP/Ribeirão Preto).

Agradecemos a todos os contribuintes, entre articulistas e pareceristas, que colaboraram para este volume. Desejamos que estas leituras proporcionem reflexões, de modo a colaborar para novos olhares e novas discussões, tanto no âmbito da produção literária quanto da prática pedagógica das linguagens.

Prof. Dr. Alexandre de Melo Andrade.

Publicado: 24-03-2019

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AUTOR CONVIDADO