O Duque e Eu (2000) e Bridgerton (2020) sob as lentes da tradução intersemiótica
representações sobre amor e casamento
DOI:
https://doi.org/10.51951/ti.v14i30.p57-73Palavras-chave:
Literatura de língua inglesa. Tradução intersemiótica. Autoria feminina. O duque e eu. Bridgerton.Resumo
Este artigo analisa as narrativas do romance O duque e eu (The duke and I, 2000) e dos episódios iniciais da primeira temporada da série Bridgerton (Shonda Rhimes, 2020), indagando como a protagonista, Daphne, é retratada junto às temáticas do amor e do casamento, uma vez que os olhos do narrador e da câmera estão majoritariamente voltados para ela. Para tanto, buscamos tanto versar sobre a tradução intersemiótica, essencial para o desenvolvimento da pesquisa, como executar a análise centrada na protagonista, a fim de fazer emergir os aspectos relevantes para este estudo, bem como seus significados. Tal estudo segue a metodologia de uma pesquisa de natureza qualitativa, de caráter exploratório-explicativo, visto que, por meio de um aprofundamento teórico para além da revisão bibliográfica, apresenta as primeiras incursões no tema e suas implicações. Como resultado, foi possível verificar que as representações do amor e do casamento no romance e na série são similares; no entanto, enquanto no romance elas se manifestaram por meio de uma estrutura crítica implícita, a série as incorporou e as ampliou por meio de uma estrutura crítica explícita, sintonizada com o público-alvo e com o vocabulário e as pautas sociais emergentes no tempo presente.
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Referências
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