O MITO FUNDADOR DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS
CONFRONTO ENTRE O CONGRESSO DE VIENA E AS PAZES DE WESTPHALIA
Resumen
Houve, especialmente após 1918, um “trabalho sobre o mito” acerca da Guerra dos Trinta Anos (1618-1648) para torná-la um relato que lastreasse valor ao novo “sistema de Estados” da Sociedade das Nações. Além da discrepância entre convenção e fatos, houve uma distorção mesmo de fatos notórios, a exemplo da dissolução do Sacro-Império ter supostamente ocorrido em 1648, ao fim do conflito, mas realmente em 1806, após a invasão francesa; inclusive, intelectuais que sucumbiram à narrativa mítica embora soubessem de sua incorreção, como Stephen Krasner. Reorganizando-se o escopo de evidências, o processo de fundação histórica do Estado ocorrido no Congresso de Viena nega a “violência religiosa” a ser coibida pela racionalização secularizante trazida pelo Estado moderno – ainda que este fosse fundado no mito da violência religiosa – e nega a dicotomia entre universalismo “romano” contra as soberanias nacionais, e, afirma o caráter conservador, ou anti-revolucionário, do sistema de Estados surgido em 1815.
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