A ESTÉTICA COMO POSSIBILIDADE DE LIBERDADE E HUMANIDADE EM SCHILLER E UM POSSÍVEL DIÁLOGO COM JACQUES RANCIÈRE E WALTER BENJAMIN
Caio Graco Queiroz Maia
PPGF-UFS/IFBA Santo Amaro
Resumo
Resumo: Nossos objetivos, neste artigo, são, em primeiro lugar, (a) analisar e caracterizar o pensamento de Friedrich Schiller quanto à relação entre estética e política, tal como encontrada em Educação estética do homem, a partir da noção de que, via estética, o homem moderno pode obter liberdade e humanidade plenas; em segundo lugar, (b) estabelecer em formato de esboço um diálogo entre Schiller, Jacques Rancière e Walter Benjamin quanto ao mesmo tema, salientando diferenças e proximidades. Nesse sentido, mostramos como a plenitude, para Schiller, pode ser alcançada pelo homem a partir da estética na medida em que esta é capaz de proporcionar um estado de harmonia entre impulsos e ausência de coerção. Mostramos também como a concepção da Schiller da relação entre arte, estética e política através da forma da obra é influente no conceito de partilha do sensível de Jacques Rancière, e como tal conceito, por sua vez, permite, por um lado, alguma aproximação com a ideia de arte crítica de arte antimítica de Benjamin (pelo caráterpolítico contrário à opressão histórica), estando, por outro lado, distante dos desenvolvimentos singulares benjaminianos (principalmente quanto à importância da forma em relação ao conteúdo).
Palavras-chave: Friedrich Schiller, estética, política, Jacques Rancière, Walter Benjamin.