Hobbes: uma tensão entre a mecânica e a linguagem
Mariana Dias Pinheiro Santos
DFL - UFS
Abstract
Palavras-chave: Hobbes; linguagem; mecânica; causalidade; universo dos falantes.
A mecânica e a linguagem na filosofia de Hobbes parecem disputar o espaço quando o quesito é o de importância. O autor de Malmesbury se propõe a evidenciar que a computação, ou a lógica, quando bem estabelecida e usada, fornece elementos suficientes para indicar os movimentos que ocorrem na natureza e permite, além disso, que tenhamos o conhecimento pelas causas e pelos efeitos. Nesse sentido, não é difícil perceber quão importante é a razão no sistema hobbesiano. George Lawson, contemporâneo do autor de Malmesbury, não deixa de afirmar que o Leviatã era considerada “uma obra racional”, seja por cavalheiros ou jovens universitários48. E, mais tarde, um estudo anônimo intitulado Dr. Sherlock's Two Kings of Brainford afirmava que Hobbes era um filósofo “baseado em puros princípios da razão”49. Diante disso, não podemos perder de vista que a razão além de ser um ponto de fundamental importância na filosofia desse autor, é adquirida apenas depois da aquisição da linguagem.