Plotino e Proclo: em torno da mística
Cícero Cunha Bezerra
PPGF-UFS/DFL
Tadeu Júnior de Lima Nascimento
Résumé
Falar de mística implica em um discurso que, como bem observa Michel de Certeau, está “exilado” daquilo que trata (Certeau, 2006, p. 11), isto é, se caracteriza como uma aproximação que, enquanto tal, é sempre marcada pelo limite da linguagem utilizada
para descrever tais experiências. Nesse sentido, é necessário, antes de qualquer estudo, definir o campo semântico em que a palavra “mística” está sendo empregada. Essa observação é importante porque tratar de mística em autores como Plotino e Proclo é sempre correr o risco do reducionismo que unifica contextos e compreensões do papel filosófico implícito nas descrições, pessoais ou biográficas, de certas experiências místicas vivenciadas por filósofos como os aqui tratado.