PORTUGUÊS COMO LÍNGUA DE ACOLHIMENTO PARA SURDOS

ENSINO DE LÍNGUAS À LUZ DO PÓS-MÉTODO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.32748/revec.v10i26.21729

Palavras-chave:

Português Língua de Acolhimento., Surdos migrantes., Pós-Método.

Resumo

O artigo apresenta a análise de um curso de Português como Língua de Acolhimento (PLAc) para surdos migrantes. O objetivo é discutir como o Pós-Método, enquanto paradigma vigente no ensino de línguas adicionais (L2), perpassa o material didático e as aulas, que ocorreram em uma universidade pública de Roraima. Em termos metodológicos, a análise é de viés qualitativo, considerando perspectivas internas (observação participante) e externas (crítica de professores que não assistiram às aulas). O estudo tem respaldo teórico de pesquisas sobre métodos/abordagens de ensino de L2 e Pós-Método, que buscamos situar em uma seara emergente de Linguística Aplicada das Línguas de Sinais (LALS).

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Alan Ricardo Costa, Universidade Federal de Roraima

Professor Adjunto na Universidade Federal de Roraima (UFRR). Doutor em Letras pela Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC). Especialista em Língua Brasileira de Sinais (Libras) e em Educação a Distância/Tecnologias Educacionais. 

João Batista Marcelino dos Santos, Universidade Federal de Roraima

Mestre em Letras pela Universidade Federal de Roraima (UFRR), na linha de pesquisa Língua e Cultura Regional. Especialista em Língua Brasileira de Sinais (Libras), pelo Centro Universitário Leonardo da Vinci (UNIASSE). Atualmente é Tradutor Intérprete de Libras da Universidade Estadual de Roraima - UERR e da Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Boa Vista - SMEC.

Paulo Jeferson Pilar Araújo, Universidade Federal de Roraima

Doutor em Linguística pela Universidade de São Paulo e doutorado em Linguística Africana (2013) em programa de duplo doutorado com a Bayreuth International Graduate School of African Studies-BIGSAS, Alemanha. Atualmente é Professor Adjunto do Curso de Letras-Libras Bacharelado e professor permanente do Programa de Pós-Graduação em Letras-PPGL da Universidade Federal de Roraima (UFRR). Líder do Laboratório de Pesquisas em Línguas Orais e de Sinais-LaPLOS.

Karla Danielle Matos Menezes King, Universidade Federal de Roraima

Mestranda em Letras pela UFRR na linha de pesquisa 1: Língua e Cultura Regional (2023). Possui Pós-Graduação Lato Sensu em Docência para a Educação Profissional e Tecnológica pelo IFES (2021), Graduação em Letras Português-Inglês pela Universidade Federal de Roraima (2015). Atualmente é professora de Língua Inglesa no Colégio Cathedral, faz parte do quadro efetivo da Secretaria de Estado da Educação e Desportos do Estado de Roraima e é professora conteudista no curso de Sistema de Informação da Faculdade Cathedral. 

Referências

Abrahão, M. H. V. (2015). Algumas Reflexões sobre a Abordagem Comunicativa, o Pós-Método e a Prática Docente. Revista Entrelínguas, v. 1, p. 25-41.

Allwright, D. (1991). The Death of Method. CRILE Working Paper, Lancaster, n.10.

Almeida Filho, J. C. P. (1993). Dimensões comunicativas no ensino de línguas. Campinas: pontes, v. 1. 76p.

Anthony, E. (1963). Approach, method and technique. English language teaching, oxford, n. 17, p.63-67.

Araújo, P. J. P.; Costa, A. R.; Oliveira, A. F. (2024). Uma Linguística Aplicada das Línguas de Sinais no Sul Global e a formação do professor-pesquisador de Libras L2 no Brasil. The ESPecialist.

Araújo, P. J. P.; Oliveira, A. F.; Rodrigues, E. O. P. (2022). Por que escrever gramáticas de línguas de sinais emergentes. Domínios de Lingu@gem, Uberlândia, v. 16, n. 2, p. 721–746.

Brown, H. D. (1997). Principles of language learning and teaching. Englewood Cliffs, New Jersey: Prentice Hall.

Cavalcanti, M. C. (2012). A propósito de linguística aplicada. Trabalhos em Linguística Aplicada, Campinas, SP, v. 7.

Costa, A. R.; Borsatti, D. A.; Gabriel, R. (2021). Exercícios no ensino de Línguas Estrangeiras em tempos de pandemia: opções de recursos tecnológicos. Trem de Letras, Alfenas, v. 8, n. 1, p. 1-31.

Costa, A. R. (2019). Tecnologias educacionais para o ensino e a aprendizagem de LIBRAS: onde estão os Recursos Educacionais Abertos? Trama, Marechal Cândido Rondon, v. 15, n. 35, p. 97-108.

Fabrício, B. F. (2006). Linguística Aplicada como espaço de “desaprendizagem”: redescrições em curso. In: Moita Lopes, L. P. (Org.). Por uma Linguística Aplicada Indisciplinar. São Paulo: Parábola Editora, p. 45- 65.

Giroux, H. A. (1997). Os professores como intelectuais: rumo a uma pedagogia crítica da aprendizagem. Artes Médicas: Porto Alegre, p. 33-41.

Gonzalez, A. R. R.; Costa, A. R.; Santos, A. O. (2023). Aquisição do Português Brasileiro na perspectiva de migrantes hispano-falantes em Roraima. Revista do SELL, Uberaba, v. 12, p. 36-56.

Grosso, M. J. (2010). Língua de acolhimento, língua de integração. Horizontes de Linguística Aplicada, 9(2), p. 61-7.

Kumaravadivelu, B. (1994). The post-method: (E)merging strategies for second/foreign language teaching. In: TESOL Quarterly, Malden, 28, p. 27-48.

Kumaravadivelu, B. (2001). Toward a postmethod pedagogy. In: TESOL Quarterly, Malden, 35, p. 537-60.

Larsen-Freeman, D. (2000). Techniques and principles in language teaching. Hong Kong: Oxford University Press.

Leffa, V. J. (2016). Língua estrangeira: ensino e aprendizagem. Pelotas: EDUCAT.

Leffa, V. J. (1988). Metodologia do ensino de línguas. In: Bohn, H. I.; Vandresen, P. Tópicos em Linguística Aplicada: o ensino de línguas estrangeiras. Florianópolis: Ed. da UFSC, p. 211-236.

Leffa, V. J. (2023). O que é pós-método. Vídeo (9 min). Disponível em https://youtu.be/Y9i6KKJ9z5A?si=Y7I5KgTpsprzoRp9. Acesso em 11 jan. 2024.

Leffa, V. J.; Fialho, V. R.; Beviláqua, A. F.; Costa, A. R. (2020). Tecnologias e ensino de línguas: uma década de pesquisa em Linguística Aplicada. Santa Cruz do Sul: EDUNISC, 260p.

Lopez, A. P. A.; Diniz, L. R. A. (2018). Iniciativas Jurídicas e Acadêmicas para o Acolhimento no Brasil de Deslocados Forçados. Revista da Sociedade Internacional Português Língua Estrangeira, Brasília, Edição especial n. 9, s/p.

Mertzani, M. (2015). Quão longe fomos com a Linguística Aplicada de Sinais na educação de surdos? Pro-Posições, v. 26, n. 3(78), p. 41-58, set./dez.

Moita Lopes, L. P. (2006). Por uma Linguística Aplicada Indisciplinar. São Paulo: Parábola.

Morais, G. A. De S.; Costa, A. R.; Silva, M. V. (2023). Português Língua de Acolhimento? Desafios na formação de professores de línguas guianenses em Roraima. Revista Diálogos (RevDia), Cuiabá, v. 11, p. 356-381.

Napier, J.; Leeson, L. (2016). Sign Language in Action. Londres, Palgrave Macmillan, 339p.

Prabhu, N. S. (1990). There is no best method-why? TESOL Quarterly, Malden, v. 24, n. 2, p.161-72.

Ribeiro, A. E.; Coscarelli, C. V. (2023). Linguística Aplicada: ensino de português. São Paulo: Contexto.

Richards, J. C.; Rodgers, T. (1986). Approaches and Methods in Language Teaching. Cambridge: Cambridge University Press.

Santos, S. A. Dos; Rodrigues, C. H. (2023). Traduções, culturas e comunidades: singularidades e pluralidades em (des)encontros do eu com os outros. São Carlos: Pedro & João Editores, 319p.

Silva, G. A. (2004). A Era Pós-Método: o professor como um intelectual. Linguagens & Cidadania, Santa Maria, v. 6, n. 2, jul./dez.

Silva, M. V. (2023). Por uma outra terminologia teórica do português como língua de acolhimento no Brasil. Revista Diálogos, 11(1), p. 1–30.

Van Ek, J. A. (1976). The Threshold level for modern language learning in schools. London: Longman.

Wilkins, D. A. (1976). Notional syllabuses. London: Oxford University Press.

Downloads

Publicado

2025-01-04

Como Citar

Costa, A. R., Santos, J. B. M. dos, Araújo, P. J. P., & King, K. D. M. M. (2025). PORTUGUÊS COMO LÍNGUA DE ACOLHIMENTO PARA SURDOS: ENSINO DE LÍNGUAS À LUZ DO PÓS-MÉTODO. Revista De Estudos De Cultura, 10(26), 1–20. https://doi.org/10.32748/revec.v10i26.21729