A PARTICIPAÇÃO DA ELITE ALEMÃ NO HOLOCAUSTO

RESENHA DE O ENGENHEIRO DA MORTE, DE MARCIO PITLIUK

Autores

DOI:

https://doi.org/10.32748/revec.v10i26.21828

Palavras-chave:

Literatura judaico-brasileira, Romance Histórico, Sociedade, Identidade

Resumo

Esta resenha de O Engenheiro da Morte, de Marcio Pitliuk busca discutir sobre a escrita do romance histórico pautada por um crime horrendo e assustador que deixou marcas inigualáveis e transformou toda a sociedade mundial. O Holocausto trouxe consequências irreparáveis e dizimou milhões de judeus. Nesse sentido, em O Engenheiro da morte podemos ver não apenas o discurso histórico, num tempo específico, mas a realidade dos fatos que ocorreram e que requer transmissão para a sociedade contemporânea no intuito de ressignificação e alerta ao discurso antissemita e de ódio que assola o contexto social.  No romance em apreço, a ambição e a corrupção no interior nazista revela as várias faces da identidade humana. As personagens Carl Farben e Martina Kaufmann sediam e organizam planos contrastivos no que tange ao extermínio de judeus e, o anseio de justiça por atos desumanos cometidos. Nessa ordem, o engenheiro Farben ambiciosa poder e desenvolve produto que pemitirá assassinar milhões de pessoas a baixo custo para o Reich. Por outro lado, Kaufmann, mulher judiã alemã que se mantém escondida durante o Holocausto e, posteriormente, anseia por justiça a quem cometeu tamanha atrocidade e extermínio. Portanto, trata-se de uma leitura que privilegia grandes doses de elementos históricos que servem como denúncia e que estão misturados ao ficcional nessa composição literária, bem como ainda registra os diálogos da ideologia nazista e a pugência de que as memórias da guerra devem sempre ser lembradas.

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Biografia do Autor

Rodrigo Felipe Veloso, Universidade Estadual de Montes Claros

Pós-doutorando em Letras: Estudos Literários pela Universidade Federal de Minas Gerais; Doutor em Letras: Estudos Literários pela Universidade Federal de Juiz de Fora e Docente no Departamento de Comunicação e Letras da Unimontes.

Referências

BENJAMIN, W. (1987). Experiência e pobreza. In: Obras escolhidas I: magia e técnica, arte e política. Tradução: Sérgio Paulo Rouanet. 3. ed. São Paulo: Brasiliense.

IZQUIERDO, I. (2014). Memória. 2. ed. Porto Alegre: Artmed.

PITLUK, M. (2023). O Engenheiro da Morte. São Paulo: Vestígio.

WALDMAN, B. (2019). Uma história concisa do Holocausto na literatura brasileira. Arquivo Maaravi: Revista Digital De Estudos Judaicos Da UFMG, 13(25), 20–53. https://doi.org/10.17851/1982-3053.13.25.20-53.

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Publicado

2025-01-04

Como Citar

Veloso, R. F. (2025). A PARTICIPAÇÃO DA ELITE ALEMÃ NO HOLOCAUSTO: RESENHA DE O ENGENHEIRO DA MORTE, DE MARCIO PITLIUK. Revista De Estudos De Cultura, 10(26), 1–6. https://doi.org/10.32748/revec.v10i26.21828