Do paradigma da dominação para o paradigma da coexistência

educação ou reencontro

Autores

  • Mairon Escorsi Valério Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Elisabete Cristina Hammes Universidade Federal da Fronteira Sul

DOI:

https://doi.org/10.47401/revisea.v7iEspecial.14517

Palavras-chave:

Alteridade, Cosmologia Kaingang, Decolonialidade

Resumo

Este artigo surge de um estudo que busca encontrar a lógica intrínseca na produção de conhecimento de um dos povos nativos que sobreviveu ao extermínio, e hoje, após 500 anos de dominação, acessa o ensino superior. O povo Kaingang possui uma organização cosmológica diferenciada daquela que origina a ciência hegemônica. No lugar de dualidades opositoras, constrói sentidos e significados em dualidades complementares. Este e outros diferenciais podem contribuir significativamente para caminharmos para um outro paradigma, onde dualidades e hierarquias perdem o sentido, e a razão. Muito mais do que um objeto de uso e exploração, a natureza é nossa casa. Reencontrar o caminho de casa é uma tarefa possível, desde que estejamos abertos a permitir outras percepções, e relações com os seres que habitam o planeta.

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Biografia do Autor

Mairon Escorsi Valério, Universidade Federal da Fronteira Sul

Biografia (pequeno resumo): Professor Adjunto I da Universidade Federal da Fronteira Sul (Erechim, RS). Doutor em História Cultural pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Mestre em História Cultural pela Universidade Estadual de Campinas e graduado em Licenciatura em História pela mesma instituição. Atualmente é membro permanente do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas (PPGICH) e do Programa de Pós-Graduação Profissional em Educação (PPGE). A partir dos referenciais da História Cultural das Religiões tem como foco de pesquisa o aspecto cultural do catolicismo da libertação no Brasil e na América Latina, a constituição das redes de intelectuais religiosos transnacionais, sua estrutura discursiva, seu diálogo com as ciências humanas e a dimensão simbólica de suas representações sobre a América Latina. Tem pesquisas também na área de ensino de história e suas referências teóricas no diálogo com a educação e com a própria teoria da história. É membro do Centro de Estudos em História Cultural das Religiões (CEHIR).

Elisabete Cristina Hammes, Universidade Federal da Fronteira Sul

Biografia (pequeno resumo): Licenciada em Educação Física pela Universidade Federal de Santa Catarina (1999), é acadêmica concluinte do Curso Interdisciplinar em Educação do Campo - Ciências da Natureza/UFFS, e do Mestrado Interdisciplinar em Ciências Humanas PPGICH/UFFS. Especialista em Gestão Escolar pela Universidade Castelo Branco (2005), e em Saúde Coletiva: Ênfase em Saúde Mental, pela Escola de Saúde Pública/RS (2009). Inicia seus estudos sobre o modelo científico hegemônico, analisando os efeitos da cisão corpo-mente, suas consequências para a saúde, para o equilíbrio do ser humano e dos ecossistemas. Atualmente o foco está voltado à análise dos efeitos da colonialidade sobre a vida e a produção do conhecimento dos povos originários, e do registro das contribuições e formas de produção de conhecimento e de vida por estas populações, subalternizadas pelo modelo econômico, político, cultural e epistêmico vigente. Atua como Técnica em Assuntos Educacionais na Universidade Federal da Fronteira Sul – campus Erechim.

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Publicado

29.10.2020

Como Citar

Escorsi Valério, M. ., & Cristina Hammes, E. . (2020). Do paradigma da dominação para o paradigma da coexistência: educação ou reencontro. Revista Sergipana De Educação Ambiental, 7(Especial), 1–13. https://doi.org/10.47401/revisea.v7iEspecial.14517