Ensino remoto emergencial na educação básica brasileira e portuguesa: a perspectiva dos docentes

Autores

  • Sara Dias-Trindade Universidade de Coimbra. Coimbra, Portugal.
  • Joana Duarte Correia Instituto Universitário de Lisboa. Lisboa, Portugal.
  • Susana Henriques Instituto Universitário de Lisboa. Lisboa, Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.20952/revtee.v13i32.14426

Palavras-chave:

Educação Básica, Ensino Remoto Emergencial, COVID-19, Competência Digital Docente

Resumo

O impacto causado pela pandemia da COVID-19 levou ao encerramento de escolas por todo o mundo. Ministérios, governos estaduais, organismos públicos e privados viram-se repentinamente obrigados a converter todo o processo educativo para que milhões de estudantes continuassem os seus processos formativos a partir de suas casas. Do presencial transitou-se para o online, na forma de um ensino remoto de emergência, desafiando professores a repensarem metodologias e práticas pedagógicas, procurando desenvolver situações de aprendizagem em ambientes digitais. Este artigo, baseado numa análise exploratória, procura compreender como foi realizada essa transição do regime presencial para o regime digital na educação básica portuguesa e brasileira, nomeadamente no que diz respeito à preparação dos professores e das suas escolas. As respostas obtidas através da aplicação de um inquérito por questionário a 300 professores permitem um olhar sobre semelhanças e diferenças na abordagem à promoção de uma educação de qualidade em tempos de pandemia.

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Biografia do Autor

Sara Dias-Trindade, Universidade de Coimbra. Coimbra, Portugal.

Doutora em História, Didática da História e Pós-doutora em Tecnologias da Educação e da Comunicação, Universidade de Coimbra (UC); Professora na Faculdade de Letras (DHEEAA) da Universidade de Coimbra – Portugal; Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX da Universidade de Coimbra; Grupo Humanidades Digitais.

ORCID: http://orcid.org/0000-0002-5927-3957

Joana Duarte Correia, Instituto Universitário de Lisboa. Lisboa, Portugal.

Doutoranda em Sociologia, Iscte – Instituto Universitário de Lisboa; Assistente convidada no Laboratório de Competências Transversais do Iscte – Instituto Universitário de Lisboa - Portugal; Centro de Investigação e Estudos de Sociologia (CIES-Iscte).

ORCID: http://orcid.org/0000-0002-0820-7562

Susana Henriques, Instituto Universitário de Lisboa. Lisboa, Portugal.

Doutora em Sociologia, especialidade em Educação, Comunicação e Cultura, Iscte – Instituto Universitário de Lisboa (Iscte-IUL); Professora no Departamento de Educação e Ensino a Distância (DEED) da Universidade Aberta – Portugal; Iscte - Instituto Universitário de Lisboa / Centro de Investigação e Estudos de Sociologia (CIES-Iscte).

ORCID: https://orcid.org/0000-0002-7506-1401

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Publicado

2020-11-21

Como Citar

Dias-Trindade, S., Correia, J. D., & Henriques, S. (2020). Ensino remoto emergencial na educação básica brasileira e portuguesa: a perspectiva dos docentes. Revista Tempos E Espaços Em Educação, 13(32), 1–23. https://doi.org/10.20952/revtee.v13i32.14426

Edição

Seção

Publicação Contínua