Ampliação da jornada escolar e oferta de atividades extracurriculares: desenhos de políticas em países europeus
DOI:
https://doi.org/10.20952/revtee.v16i35.18894Palavras-chave:
Jornada escolar integral, Atividades extracurriculares, Desenho de políticasResumo
O artigo tem como objetivo analisar e comparar desenhos de políticas de ampliação da jornada escolar e de oferta de atividades extracurriculares em países europeus. Após mapear as políticas dos 37 países que compõem a Rede Eurydice da Comissão Europeia, 6 países foram selecionados para a análise comparada: Alemanha, Áustria, Espanha, França, Itália e Portugal. O estudo comparado focalizou tipos de extensão e instrumentos políticos, de modo a caracterizar os desenhos das políticas. Quatro tipos de extensão na jornada escolar foram encontrados: atividades extracurriculares que complementam e/ou se articulam ao currículo escolar; cuidados supervisionados antes da jornada escolar; cuidados supervisionados no almoço; cuidados supervisionados depois da jornada escolar. A investigação comparada identificou vários desenhos de políticas, com similaridades e diferenças entre os países europeus, evidenciando tanto escolhas políticas análogas como opções e estratégias distintas relacionadas à forma como o Estado regula, financia e provisiona as políticas de ampliação da jornada escolar e oferta de atividades extracurriculares.
Downloads
Referências
Comissão Europeia. (2018). Agência de Execução relativa à Educação, ao Audiovisual e à Cultura. Eurydice. Carga Horária Letiva Anual Recomendada no Ensino Obrigatório a Tempo Inteiro na Europa – 2017/18. Eurydice – Factos e Números. Luxemburgo: Serviço das Publicações da União Europeia.
Dale, R. (2004). Globalização e educação: demonstrando a existência de uma “cultura educacional mundial comum” ou localizando uma “agenda globalmente estruturada para a educação”?. Educação e Sociedade, 25(87), 423-460. https://doi.org/10.1590/S0101-73302004000200007
Eccles, J. S., Barber, B. L., Stone, M, & Hunt, J. (2003). Extracurricular activities and adolescent development. Journal of social issues, 59(4), 865-889. https://doi.org/10.1046/j.0022-4537.2003.00095.x
Escolano Benito, A. (2000). Tiempos y espacios para la escuela: ensayos históricos. Madrid: Biblioteca Nova.
España. (1996). Las actividades extraescolares en los centros educativos. Madrid: Artegraf.
European Commission. (2022). EACEA. Eurydice. National Education Systems. Recuperado de: https://eacea.ec.europa.eu/national-policies/eurydice/national-description_en
Fermoso, P. (1994). Pedagogía social: fundamentación científica. Barcelona: Herder.
Fernández Enguita, M. (2001). La jornada escolar. Barcelona: Ariel.
Ferrer, F. (2002). La educación comparada actual. Barcelona: Ariel.
Fisher, N., Radisch, F., & Schüpbach, M. (2014). International perspectives on extracurricular activities: Conditions of effects on student development, communities and schools – Editorial. Journal for Educational Research Online, 6(3), 5–9. https://doi.org/10.25656/01:9684
Fischer, N., & Theis, D. (2014). Extracurricular participation and the development of school attachment and learning goal orientation: the impact of school quality. Developmental Psychology, 50(6), 1788-1793. https://doi.org/10.1037/a0036705
Geppert, C., Bauer-Hofmann, S., & Hopmann, S. T. (2012). Policy Reform Efforts and Equal Opportunity – An Evidence-Based Link? An Analysis of Current Sector Reforms in the Austrian School System, CEPS Journal, 2(2), 9-29.
Gimeno Sacristán, J. (2010). O significa o currículo? In: Gimeno Sacristán, J. (Ed.). (2010). Saberes e incertezas sobre o currículo. Porto Alegre: Penso, p. 16-35.
Hagemann, K., Jarausch, K. H., & Allemann-Ghionda, C. (Ed.). (2011). Children, families, and states: time policies of childcare, preschool, and primary education in Europe. New York: Berghahn Books.
Howlett, M., & Mukherjee, I. (2014). Policy design and non-design: Towards a spectrum of policy formulation types. Lee Kuan Yew School of Public Policy Research Paper, 2(2), 57-71. http://dx.doi.org/10.2139/ssrn.2461087
Howlett, M., Ramesh, M., & Perl, A. (2013). Política Pública: seus ciclos e subsistemas - uma abordagem integradora. Rio de Janeiro: Elsevier.
Ireland. (2007). Action Plan on School Age Childcare. Dublin: Government Publications.
Italia. (2009). D.P.R. 20 marzo 2009, n. 89 – Revisione dell’assetto ordinamentale, organizzativo e didattico della scuola dell’infanzia e del primo ciclo di istruzione ai sensi dell’articolo 64, comma 4, del decreto-legge 25 giugno 2008, n. 112, convertito, con modificazioni, dalla legge 6 agosto 2008, n. 133.
Muller, P., & Surel, Y. (2002). A análise das políticas públicas. Pelotas: Educat.
Nóvoa, A. (2009). Professores: o futuro ainda demora muito tempo. Lisboa: EDUCA.
OECD - Organisation for Economic, Co-operation and Development. (2021). Education at a Glance 2021: OECD Indicators. Paris: OECD Publishing.
Pereyra, M. A. (2005). A vueltas con la jornada y los tiempos escolares en el comienzo de una nueva época. Recuperado de: http://www.observatoriodelainfancia.es/oia/esp/documentos_fi cha.aspx?id=551.
Pfeifer, M., & Holtappels, H. G. (2008). Improving Learning in All-Day Schools: results of a new teaching time model. European Educational Research Journal, 7(2), 232-242. https://doi.org/10.2304/eerj.2008.7.2.232
Pires, C. (2019). Escola a Tempo Inteiro em Portugal: as ideias e o “modelo” de implementação da política pública de educação. InterMeio: Revista do Programa de Pós-Graduação em Educação, 25 (50), 15-29.
Plantenga, J., & Remery, C. (2013). Childcare services for school age children: a comparative review of 33 countries. Luxembourg: Publications Office of the European Union.
Portugal. Ministério da Educação e Ciência. Portaria n.º 644-A/2015, 24 de agosto de 2015.
Pulkkinen, L. (2005). The Organization of a School Day in Finland and the Concept of the “Integrated School Day” in the MUKAVA Project. In: Radisch, F., & Klieme, E. (2005). Full time offers in school: international experiences and empirical research. Berlin, p. 41-69.
Radinger, T., & Boeskens, L. (2021). More time at school: lessons from case studies and research on extended school days. OECD Education Working Papers, n. 252, 1-154.
Radisch, F., & Klieme, E. (2005). Full time offers in school: international experiences and empirical research. Berlin.
Slenning, K. (2005). The organisation of a school day in Sweden Backgrounds and ongoing debates All Day Schooling in Sweden – an Overview. In: Radisch, F., & Klieme, E. (2005). Full time offers in school: international experiences and empirical research. Berlin, p. 70-80.
Tenti Fanfani, E. (2010). Estado del arte: escolaridad primaria y jornada escolar en el contexto internacional. Estudio de casos en Europa y América Latina. Buenos Aires: UNESCO.
Testu, F. The organisation of a school day in France. Backgrounds and ongoing debates. Managing young people’s time: Why? For whom? How? In: Radisch, F., & Klieme, E. (2005). Full time offers in school: international experiences and empirical research. Berlin, p. 25-40.
Trevisanello, D. (2021). A Scuola Costruimmo Il Pitarofono. La Scuola a Tempo Pieno Nel Comune di Mira (1975-1980). 2021. Tesi di Laurea (Corso di Laurea in Storia) - Università Ca' Foscari Venezia, Venezia.
Triani, P. (2017). Il tempo pieno nella scuola primaria italiana. Studium Educationis, 8 (2), 81-92.
Trilla, J. (1998). La educación fuera de la escuela: ámbitos no formales y educación social. Barcelona: Ariel.
Unesco. (2012). International Standard Classification of Education - ISCED 2011. Montreal: UNESCO.
Wilkin, A., White, R., & Kinder, K. (2003). Towards extended schools: a literature review. London: Department for Education and Skills.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Revista Tempos e Espaços em Educação
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
À Revista Tempos e Espaços em Educação ficam reservados os direitos autorais pertinentes a todos os artigos nela publicados. A Revista Tempos e Espaços em Educação utiliza a licença https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ (CC BY), que permite o compartilhamento do artigo com o reconhecimento da autoria.