“Clube da Luta”: entre a coleção e intensificações de sensações e a produção de um “corpo sem órgãos”
DOI:
https://doi.org/10.20952/revtee.v10i21.6338Abstract
O objetivo do presente ensaio é sinalizar alguns caminhos no sentido de compreender o corpo como referência material e simbólica atravessado pela política de consumo tendo como campo empírico ficcional o filme “Clube da Luta”. Para tal apresentamos o corpo sob o viés do investimento político de subjetivação a partir de temas que suspendem a busca por “sensações” nessa sociedade de consumo. O texto ainda se propõe, pautado no conceito de “Corpo sem Órgãos”, estabelecer alguns diálogos sobre como o “Clube da luta” por meio da experimentação vai criando estratos de desterritorialização através do “projeto caos” que não conseguem se afastar dos territórios da lógica consumista. Como resultado entende-se que no filme os movimentos que surgem contra a sociedade de consumo, logo viram eles mesmos mais um produto para consumo subsumido a uma lógica de espetacularização das próprias ações de subversão. Nesse contexto, a crítica à sociedade consumista do espetáculo vincula-se tão somente à replicação do próprio espetáculo. Neste sentido, o filme além de “debochar” do estilo de vida consumista, parece não crer que existam alternativas para fugir a esta lógica implantada. O filme lança o desafio de buscar linhas de fuga nos próprios estratos do consumo aprendendo a instalar-se nos mesmos de modo a não ser plenamente estratificados por eles, não obstante entendamos ser possível pensar e apontar outras percepções do consumo.
Palavras-chave: Corpo. Sensações. Sociedade de consumo. Filme “Clube da luta”
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