n. 13 (2013): Um Caderno com muitas cores - ISSN 2179-2143
Cadernos do Tempo Presente
Revista Interdisciplinar de História
Grupo de Estudos do Tempo Presente - UFS
Edição n.º 013, setembro de 2013
Setembro é um mês especial. No Brasil esta é a temporada em que as flores desabrocham com maior facilidade. Junto com a Primavera, Setembro traz um prenuncio de que o fim do ano se aproxima. É preciso correr para atingir as metas que nos propomos a realizar em 2013. Ainda há tempo para adotar um estilo de vida mais saudável, tornar-se uma pessoa melhor, ou, no nosso caso (editores do periódico) publicar mais um número dos Cadernos do Tempo Presente. Nós conseguimos concretizar nosso objetivo. E a edição n. 13 tem muitas cores.
Tonalidades variadas se apresentam em artigos e resenhas enviados por autores de várias regiões do país. Do Pará veio o texto de Edilza Joana Fontes e Davison Hugo Rocha Alves, no qual os autores analisam o documentário “O velho – a história de Luís Carlos Prestes” (1997) e relação do mesmo com o Ensino de História. Na sequência, o artigo do professor da Universidade Federal de Sergipe Luís Eduardo Oliveira busca estabelecer o referencial teórico para uma pesquisa sobre a década de 1980 e a massificação do rock no Brasil.
Sara Oliveira Farias e Martins dos Santos estudam a experiência de sindicalismo rural em Várzea Nova, na Bahia, durante a década de 1980. Os autores se baseiam em relatos orais, jornais, atas e relatórios para analisar discursos e práticas do sindicalismo rural. Por sua vez o artigo de Sylvia Ewel Lenz, ligada à Universidade Estadual de Londrina (PR) e ao LABIMI (UERJ), discute aspectos da construção da memória na Alemanha contemporânea, destacando a participação daqueles que vivenciaram os anos da Segunda Guerra Mundial neste processo.
De Santa Catarina recebemos a contribuição de Claudia Schemes, Cristina Ennes da Silva e Denise Castilhos de Araujo, autoras que analisam representações elaboradas através da ressignificação do uniforme escolar e a constituição de identidades a partir dessas representações. O último artigo desta edição foi escrito por Daniele Borges Bezerra e Tatiana Bolivar Lebedeff, ambas ligadas à Universidade Federal de Pelotas, no Rio Grande do Sul. Elas estabelecem um diálogo entre saúde e cultura, questionando a identidade do idoso como uma categoria naturalizada de estigma, uma vez que é comum a associação das pessoas com mais idade à falta de produtividade.
A resenha "Um olhar sobre o livro, Rock and Roll: Uma História Social" foi enviada do Rio de Janeiro por Aline Rochedo. E de Sergipe veio a contribuição de Raquel Anne Lima de Assis, uma resenha do livro "A Segunda Guerra Mundial: histórias e estratégias", escrito por Philippe Masson. Assim, apresentamos este número com a certeza de que a edição n. 13, publicada agora em 10 de Setembro de 2013, tem as cores da Primavera e as cores do Brasil.
Por fim, gostaríamos de destacar que em sua famosa obra “As Flores do Mal”, o poeta francês Charles Baudelaire mencionava a necessidade de embriagar-se constantemente para despistar o peso do tempo. Ao dar este conselho, Baudelaire não se referia apenas ao consumo de álcool. Extasiar-se “Com o quê? Com vinho, poesia ou virtude, a escolher. Mas embriaguem-se”. Caro leitor, sinta-se à vontade para aproveitar as flores, as cores e os Cadernos do Tempo Presente. Embriague-se!
Os Editores.